Em um discurso proferido na tarde desta sexta-feira (12) em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), fez uma afirmação contundente sobre a responsabilidade do cargo presidencial. Sem citar diretamente seu antecessor Jair Bolsonaro (PL), Lula enfatizou a importância de um presidente não propagar falsidades e desinformação.
“Presidentes da República não têm o direito de falar bobagem”, declarou o chefe do Executivo. Em meio a menções a “mentiras” e “fake news”, Lula ressaltou a obrigação do presidente em governar o país e zelar pelo povo brasileiro. “O Brasil não pode ser o mundo das fake news, da mentira, das acusações e das infâmias”, afirmou.
Segundo Lula, a gestão de um país de proporções como o Brasil não pode ser conduzida com base em informações falsas. “Mentira tem perna curta, é uma questão de tempo”, destacou o presidente, enfatizando a inevitabilidade da verdade vir à tona. Expressando sua convicção, Lula afirmou que se pudesse, faria um decreto proibindo a prática da mentira.
“Eu, se pudesse, ia fazer um decreto: ‘É proibido mentir’. Quem mentir, vai ser preso”, diz Lula.
Presidente cumpre agenda em unidade da JBS em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. pic.twitter.com/sspIZ2GijK
— Metrópoles (@Metropoles) April 12, 2024
As críticas de Lula não são novidade. Em diversas ocasiões, o presidente associou Bolsonaro à disseminação de falsidades. Chegou a rotular o ex-presidente como um “psicopata que vive da mentira, da maldade, e de ofender os outros”, além de apontar que no governo anterior, o Brasil “tinha mentiras” em vez de políticas públicas efetivas, como saúde e educação.
O pronunciamento de Lula ocorreu durante um evento em celebração à habilitação de frigoríficos para exportações à China, também realizado em Campo Grande. No mesmo dia, o presidente visitou a fábrica da JBS, multinacional de alimentos, que está enviando o primeiro lote de alimentos produzido pelos novos 38 frigoríficos autorizados a exportar para a China. A iniciativa faz parte de um esforço do governo para impulsionar a balança comercial brasileira, com uma estimativa de contribuição de R$ 10 bilhões nos próximos 12 meses, somando-se aos 106 frigoríficos já negociando com o país asiático.
O evento contou com a presença de figuras como o fundador da JBS, José Batista Sobrinho, e os irmãos Joesley e Wesley Batista, acionistas controladores da empresa, além de diretores e ministros de Estado.