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VÍDEO: Eduardo Bolsonaro diz que crime por posse de arma só atinge ‘cidadão de bem’

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Deputado disse que a soltura ou não de investigados depende de quem é o 'preso'; Valdemar foi detido em Operação da PF

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), sem citar o presidente nacional do seu partido, Valdemar Costa Neto, disse que o crime de porte e posse ilegal de arma de fogo se aplica apenas para o “cidadão de bem”.

A declaração foi feita nas redes sociais do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro após a prisão de Valdemar Costa Neto em operação da PF (Polícia Federal) na investigação sobre uma suposta organização de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder, após a derrota nas eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Você sabia que no Brasil alguém que utiliza arma ilegal para matar outra pessoa ou um bandido que se envolva em um tiroteio com a polícia, ele não responde pelos crimes de porte e posse ilegal de arma de fogo? Isso porque no direito tem-se a noção de que o crime mais grave absorve o crime menos grave”, disse Eduardo.

O deputado questionou aos internautas “a quem se aplica o crime de porte/posse ilegal de arma de fogo?” e respondeu que é apenas “ao cidadão de bem”. “Hoje em dia está bem claro que a depender de quem seja o preso em flagrante, ele vai ser solto na audiência de custódia ou será mantido preso por razões políticas”, afirmou.

O parlamentar também disse que a “esquerda odeia a classe média e odeia os pobres”. “Só desejam que as pessoas fiquem mais pobres para que se mantenham no poder”.

Entenda

Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, foi preso em flagrante depois de uma operação da PF encontrar em sua casa uma arma irregular e uma pepita de ouro possivelmente vinda de garimpo, segundo perícia do órgão. Na sexta (9), a prisão foi convertida em preventiva pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

Valdemar Costa Neto recebeu a liberdade provisória no sábado, depois de Moraes seguir o parecer do vice-procurador da PGR (Procuradoria-Geral da República), Hindenburgo Chateaubriand, que alegou que o presidente do PL tem 74 anos e não praticou nenhum ato violento. Ao deixar a carceragem da PF neste sábado, Valdemar abaixou os vidros do carro e cumprimentou os jornalistas, mas optou por não fazer declarações sobre sua prisão.

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