Rio de Janeiro – O funkeiro MC Poze do Rodo deve ser libertado nesta terça-feira (3) após decisão favorável da Justiça a um habeas corpus, atendendo ao pedido da defesa do artista. A notícia foi comemorada por familiares e fãs do cantor, incluindo sua esposa, Vivaine Noronha, que se manifestou pelas redes sociais celebrando a decisão.
“Obrigada, Jesus. Saiu a decisão. MC não é bandido”, escreveu ela em um story no Instagram. A publicação rapidamente repercutiu entre seguidores de Poze.
A decisão foi do desembargador da Primeira Vara Criminal de Jacarepaguá e Poze deve cumprir as seguintes medidas cautelares:
- comparecimento mensal em juízo até o dia 10 de cada mês para informar e justificar suas atividades;
- não se ausentar da Comarca enquanto perdurar a análise do mérito deste habeas corpus;
- permanecer à disposição da Justiça informando telefone para contato imediato caso seja necessário;
- proibição de mudar-se de endereço sem comunicar ao Juízo;
- proibição de comunicar-se com pessoas investigadas pelos fatos envolvidos neste inquérito, testemunhas, bem como pessoas ligadas à facção criminosa Comando Vermelho;
- obrigação de entregar o passaporte à Secretaria do Juízo originário.
O cantor havia sido preso na última quinta-feira (29), em sua casa no bairro do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ele é investigado por apologia ao crime e associação ao tráfico de drogas, com base em informações que indicam sua suposta ligação com o Comando Vermelho, facção criminosa que atua no estado.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap), durante a triagem no sistema prisional, MC Poze declarou ter “vínculo com o Comando Vermelho” ao preencher uma ficha que inclui esse tipo de autodeclaração — prática padrão no sistema para fins de alocação segura dos detentos.
A Justiça havia mantido a prisão do cantor após a audiência de custódia, alegando que as investigações apontavam que os shows realizados por ele eram organizados em áreas controladas pela facção, muitas vezes com traficantes armados garantindo a segurança do evento.
As autoridades também afirmaram que suas músicas conteriam mensagens de apologia ao tráfico de drogas e ao uso de armas de fogo, com potencial de incitar a violência entre facções.
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