Na sessão plenária na última segunda-feira (28), a vereadora fez denúncias sobre a substituição indiscriminada de diversos gestores de escolas na zona norte de Manaus, sugerindo motivação eleitoreira para essas mudanças. As declarações resultaram em acusações e tumulto durante a sessão.
Na última quarta-feira (27), vereadores da base do prefeito subiram à tribuna para esclarecer e explicar o embate.
O líder do prefeito, Eduardo Alfaia (PMN), argumentou que a discussão da última quarta (27) é natural no Parlamento e que o local é propício para o debate de ideias, reconhecendo que, devido à polarização, pode haver elevação no tom e na voz. No entanto, ressaltou a importância de manter sempre a urbanidade, o respeito e o tratamento adequado.
“O que aconteceu no plenário da Casa é natural do Parlamento: o embate, a discussão, a polarização, até mesmo o debate de ideias, às vezes a elevação do tom e da voz. Sempre é necessário manter a urbanidade, o respeito, a ética, o tratamento educado. Agora, não é normal no Parlamento se contestar. É normal em um Parlamento divergir, até porque se o Parlamento não puder mais ter essa postura, é melhor fechar”,
disse Alfaia.
O principal envolvido na discussão, o vereador Raulzinho, em discurso ameno, afirmou que buscou manter a cordialidade com a vereadora e que a discussão era apenas de ideias. Ele ressaltou que esse tipo de debate faz parte de qualquer Parlamento.
“Em todo o momento do meu posicionamento, sempre busquei ser cordial com a vereadora Jacqueline, que estava nesta tribuna. Apenas debate de ideias, que faz parte de qualquer Parlamento, aqui em Manaus e em qualquer Câmara Municipal de qualquer país, de qualquer cidade. E assim vou me colocar. Sou filho de uma mulher, tenho uma bandeira pelas crianças e, se trabalho com crianças, senhoras e senhores vereadores, eu respeito a mãe dessas crianças”,
disse Raulzinho.
Outro envolvido na discussão, o Professor Fransuá (PV) rechaça as acusações de agressão por parte da imprensa e da população. O vereador afirma que Raulzinho apenas fez um contraponto às graves acusações feitas pela parlamentar.
“Tem que falar, mas também tem que ouvir. Tem que ter o contraponto, né? Eu não vi, sinceramente, vereador Raulzinho, na sua fala, nenhuma palavra que tenha sido desrespeitosa”,
declara Fransuá.
As deputadas estaduais Alessandra Campêlo (Podemos), Débora Menezes (PL) e Drª. Mayara Pinheiro (Progressistas), além do presidente da Casa, Roberto Cidade (União), se pronunciaram nas redes sociais sobre o episódio, oferecendo apoio à vereadora.