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Venezuela retira embaixador no Brasil

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Ditador Nicolás Maduro considera que, por meio de Celso Amorim, governo brasileiro cometeu uma agressão ao rejeitar entrada do país nos Brics

A Venezuela convocou o seu embaixador no Brasil para consultas, nesta quarta-feira, 30, manifestando descontentamento com o que descreveu como “grosserias” do governo brasileiro.

O governo do ditador Nicolás Maduro utilizou como argumento para a retirada, que ainda não tem prazo definido, a postura do assessor de assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim.

Ao se referir a Amorim como uma voz autorizada pelo governo, em nota, o Ministério das Relações Exteriores venezuelano o definiu como “um mensageiro do imperialismo norte-americano.”

Na sexta-feira 25, o governo da Venezuelana havia denunciado que o Brasil bloqueou a entrada da Venezuela no bloco dos Brics durante a cúpula realizada em Kazan, Rússia.

O ato foi considerado uma “agressão” e um “gesto hostil” contra o país. O Brasil justificou a decisão com base em um “rompimento de confiança” com o governo de Nicolás Maduro, em decorrência das eleições realizadas na Venezuela em 28 de julho.

Segundo o governo venezuelano, o país obteve “apoio e respaldo dos participantes da cúpula para formalizar sua adesão ao bloco de integração”.

Manutenção de veto à Venezuela

A delegação brasileira, representada pelo Itamaraty e chefiada pelo embaixador Eduardo Paes Saboia, optou, porém, por manter o veto estabelecido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que excluiu a Venezuela do grupo por anos, de acordo com o comunicado.

Essa ação, afirmou a nota, “configura uma agressão à Venezuela e um gesto hostil”. Além disso, o veto foi classificado como “inexplicável e imoral” pelo governo venezuelano, que critica a decisão tomada durante a cúpula.