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Valdemiro Santiago é investigado em operação que liga igreja a tráfico de drogas

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Pastor teria emprestado o templo religioso para integrante do PCC lavar dinheiro

A Polícia Federal (PF), no âmbito da Operação Mafiusi, investiga um possível vínculo entre o pastor Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, e Willian Barile Agati, conhecido como o “concierge do crime”. Os agentes trabalham em uma ação que tem como foco conter o tráfico internacional de drogas.

O empresário Marco José de Oliveira, delator do caso, alegou que Agati teria começado uma associação com Joselito Golin, conhecido como Paulo Golin, um proeminente pecuarista de Mato Grosso. Segundo Oliveira, Golin estaria utilizando a igreja de Valdemiro para lavar dinheiro.

Negócios entre Valdemiro Santiago e Agati

Golin é comparado a Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”, um dos maiores traficantes de drogas da América do Sul, preso em 2017. 

O relatório da PF ainda revela que Agati, vinculado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), teria transferido aeronaves de Valdemiro para seu nome, em razão de dívidas fiscais do religioso.

O pastor também seria proprietário das empresas Interteve Serviços e Jet Wings Táxi Aéreo, que são mencionadas na investigação. 

As transações financeiras relacionadas às empresas somariam cerca de R$ 24 milhões, de acordo com estimativas dos agentes federais.

Conexões com a máfia italiana 

Além disso, Agati é conhecido por ter conexões com a máfia italiana ‘Ndrangheta. Segundo a PF, ele atua como um “faz-tudo” para os traficantes. O criminoso fornece logística, lavagem de dinheiro e até aviões para os italianos.

A igreja foi fundada por Valdemiro Santiago em 1998 | Foto: Reprodução/Redes sociais
O pastor Valdemiro Santiago também seria proprietário das empresas Interteve Serviços e Jet Wings Táxi Aéreo, que são mencionadas na investigação | Foto: Reprodução/Redes sociais

A PF ainda detalha que ele utilizava técnicas sofisticadas de estratificação de empresas de fachada para ocultar a origem ilícita dos recursos. Segundo a investigação, o modus operandi de Agati incluía “empréstimos” de contas-correntes de pessoas e empresas para movimentar dinheiro ilícito.