O boi Caprichoso abre, neste sábado, a noite de apresentação do 57º Festival Folclórico de Parintins trazendo como subtema “Tradições: o flamejar da resistência popular”, em uma noite de tradição azul e branco.
Para isso, o boi abre a apresentação com a Figura Típica Regional, “O Pescador da Amazônia”, com uma alegoria assinada pelos artistas Márcio Gonçalves e Marlúcio Pereira, 46 anos, ao som da toada “No Capricho da Remada”.
A lenda indígena é “O engeramento de Chico Patuá, um herói da Resistência popular”, assinada pelo artista Geremias Pantoja, 40 anos. Nesse ato o boi narra o fruto da memória dos remanescentes da Cabanagem. Camuflado pela escuridão da noite, Chico despistava, o impiedoso Dom Rodrigo, que servia aos interesses dos legalistas, que o perdoariam caso vilão trouxesse o lendário Chico Patuá para ser punido.
A lenda indígena “Rito de Transcendência Marubo” fecha a segunda noite de apresentação do boi Caprichoso, com uma alegoria assinada pelo artista Kennedy Prata, 38 anos. Em noite de escuridão, o grande Vimi Peya, xamã Marubo, chamado pelas águas e sacralizado pelo ayahuasca, teve o corpo transformado em gigantesco animal nas margens do rio, para nele imergir e ressurgir como sacaca.