O governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou, na manhã desta terça-feira (27/12), que o Distrito Federal tem “uma polícia bastante preparada para enfrentar movimentos antidemocráticos, ilegais e terroristas”. Após tentativas de atentado com bombas nos últimos dias em Brasília, o esquema de proteção na posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tornou-se uma preocupação maior.
Em coletiva de imprensa no Palácio do Buriti, na manhã desta terça-feira (27/12), o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que o DF contará com 100% das forças de segurança mobilizadas para atuar no dia da posse.
Na ocasião, Ibaneis também afirmou que a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) conversa com o Exército para “acelerar a desmobilização” de bolsonaristas no acampamento do Quartel General em Brasília. De acordo com o chefe do Executivo local, já foram retiradas 40 barracas e a ideia é que até o dia da posse haja maior redução “de forma natural”.
“Nós já vínhamos trabalhando a questão da posse em conjunto com a PF. Estaremos com todo efetivo da PMDF de prontidão e a PCDF também no apoio, infiltrados durante todo o movimento, principalmente pelos últimos acontecimentos”, pontuou Ibaneis Rocha.
O governador do DF também informou que há certa preocupação com a prisão do empresário George Washington de Oliveira Sousa e que o governo aguarda novas operações até 1º de janeiro para desmobilizar esses movimentos.
“Temos consciência de que o Exército vem cuidando disso diariamente, desmontando parte dos acampamentos, para trazer um movimento de mais tranquilidade. Não só para o momento da posse, mas para os próximo quatro anos. Não consideramos como movimento legítimo o que vem acontecendo. Queremos ter a pacificação da nossa cidade e do nosso país”, acrescentou.
“Estamos em paz nesse momento. Todas as polícias do DF e equipamentos estarão mobilizados para e vão ser utilizados para que tenhamos um ambiente de posse o mais tranquilo possível “, salientou Ibaneis.
Atos antidemocráticos
O mês que antecede a posse gerou um clima de tensão para a segurança pública do DF. No dia 12, bolsonaristas invadiram parte do centro da cidade e protagonizaram um episódio de quebra-quebra na altura da sede da Polícia Federal (PF). O manifestantes, que tentaram invadir a sede da PF, exigiam a soltura do líder indígena Serere Xavante.
Após uma noite que deixou rastros de campo de guerra urbana, ninguém foi preso.
No último final de semana, a situação agravou-se com a tentativa de terrorismo nos arredores do Aeroporto de Brasília. O empresário bolsonarista George Washignton de Oliveira Sousa, 54 anos, é um dos principais suspeitos de organizar o atentado. Em depoimento, o homem, que está preso na Papuda, confessou que esteve presente no ato do dia 12.