Técnicos do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável (Idam) participaram, na quinta e nesta sexta-feira (24 a 25/11), de uma capacitação no Plano Nacional de Prevenção e Vigilância da Fusariose da Bananeira, praga que causa grandes prejuízos aos cultivos.
A programação foi conduzida pelo engenheiro agrônomo e fitopatologista do Ministério da Agricultura (Mapa), Wilson da Silva Moraes, e teve como público-alvo técnicos do Sistema Sepror.
“Viemos fazer uma ação de capacitação de técnicos envolvidos com a defesa agropecuária e a educação sanitária com produtores e técnicos também. Esta é uma ação do Ministério da Agricultura e que faz parte do plano nacional de prevenção e vigilância desta praga”, explicou o palestrante.
Segundo Moraes, a Raça 1 da fusariose, que afeta a banana-maçã, já está presente no Brasil há décadas. Por outro lado, esta variante nova, a Raça 4, ainda não foi identificada no território nacional, mas está presente em regiões fronteiriças com outros países. Ela ataca não somente a banana-maçã, mas também a prata e a nanica, entre outras, sendo assim uma ameaça à bananicultura nacional.
Moraes ressaltou ainda que a melhor medida é a prevenção para evitar que esta variante da fusariose se torne endêmica no país, haja vista a dificuldade para erradicá-la e os danos causados aos cultivos, reduzindo consideravelmente a longevidade das bananeiras suscetíveis.
O engenheiro agrônomo e gerente da unidade local do Idam em Rio Preto da Eva, José Maria Frade, esteve presente no evento e salientou a importância da capacitação para impedir a entrada da praga no estado.
“Esta ação educativa é produto de uma parceria entre os governos estadual, federal e municipal, através do Ministério da Agricultura, e está trazendo informações para que possamos prevenir a entrada da fusariose no estado do Amazonas”, apontou.
A capacitação foi realizada na forma de palestra, realizada no auditório da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf), no primeiro dia, e no dia seguinte com aulas e demonstrações práticas no município de Rio Preto da Eva (distante 57 quilômetros de Manaus).