A Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou nesta terça-feira (6) que o governo do presidente Donald Trump proíba pessoas transgênero de servirem nas Forças Armadas do país, enquanto a questão segue tramitando na Justiça.
Segundo informações do jornal USA Today, apenas as juízas progressistas da corte (Sonia Sotomayor, Elena Kagan e Ketanji Brown Jackson) votaram contra a medida – o tribunal tem nove membros.
Em março, uma juíza federal dos Estados Unidos havia suspendido por tempo indeterminado a norma do governo Trump, que recorreu. Um tribunal de apelações de Washington, capital americana, ainda analisará o assunto, mas no mês retrasado decidiu que a gestão do republicano poderia aplicar a proibição temporariamente – posição que agora a Suprema Corte ratificou.
Logo após voltar à Casa Branca, em 20 de janeiro, Trump assinou uma ordem executiva, na qual instruiu o Pentágono a implementar suas próprias políticas que alegam que pessoas transgênero são incompatíveis com o serviço militar, sob o argumento de que afetariam negativamente “a letalidade, prontidão e coesão” das Forças Armadas.
Grupos de defesa dos direitos humanos e da comunidade LGBTQIA+ criticaram a decisão da Suprema Corte.
“Ao permitir que essa proibição discriminatória entre em vigor enquanto nossa contestação judicial continua, a corte sancionou temporariamente uma política que não tem nada a ver com prontidão militar e tudo a ver com preconceito”, disseram os advogados da Lambda Legal e da Human Rights Campaign Foundation em um comunicado.