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Superior Tribunal de Justiça manda soltar em menos de 24 horas depois de ser preso o Ex-diretor da Gaviões da Fiel ligado ao PCC 

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Elvis Riola de Andrade, o ‘Cantor’, foi detido na Bolívia, mas foi solto pela Justiça brasileira quando chegou a São Paulo

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão de Elvis Riola de Andrade, o Cantor, ex-diretor da escola de samba Gaviões da Fiel e suspeito de ter ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). O pedido é desta terça-feira, 6.

Elvis foi preso em janeiro, na Bolívia. Ele foi detido na cidade de Santa Cruz de la Sierra e enviado ao Brasil. No entanto, na noite que chegou a São Paulo, em 11 de janeiro, foi solto menos de 24 horas depois de ser preso.  

A decisão teve como base um habeas corpus preventivo, concedido por decisão monocrática da ministra Daniela Teixeira, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O pedido foi feito pela defesa do criminoso. 

Por esse motivo, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apelou ao STF. O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, responsável pela investigação, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que há risco de nova fuga do “Cantor”. Barroso, no entanto, negou o pedido. 

Em decisão de 31 de janeiro, o ministro afirmou que o STF não tem competência para julgar o caso. Segundo Barroso, a decisão cabe ao STJ, já que o habeas corpus foi proferido monocraticamente por uma ministra. 

“Não caberá a esta Corte conhecer de eventual recurso que impugne a decisão que se busca suspender”, declarou o ministro. “Em tais condições, é manifesta a incompetência do Supremo Tribunal Federal para apreciar o pedido.”

PGR entra em ação

Com a manutenção da soltura do “Cantor”, Gonet recorreu ao STF por meio de embargos de declaração para pedir a prisão do criminoso. O embargo é um tipo de recurso destinado a apontar e esclarecer omissões, contradições, obscuridades ou erros em decisões judiciais. 

No recurso, Gonet lembrou o caso de André do Rap. O líder do PCC foi solto por uma liminar do então ministro Marco Aurélio Mello, em outubro de 2020. Quando o STF suspendeu a decisão, André do Rap já havia fugido. 

Quem é Cantor, membro do PCC

Elvis Riola de Andrade
Elvis Riola de Andrade foi acusado de matar a tiros Denílson Jerônimo, agente do Centro de Reabilitação Penitenciária (CRP), de Presidente Bernardes, interior de São Paulo, em 2009 | Foto: Reprodução/Twitter/X

Elvis Riola foi apontado pela polícia como um dos criminosos que participaram dos ataques do PCC na cidade de São Paulo, em 2006. Ele foi acusado de matar a tiros Denílson Jerônimo, agente do Centro de Reabilitação Penitenciária (CRP), de Presidente Bernardes, interior de São Paulo, em 2009. 

O criminoso foi condenado a 15 anos de prisão. No entanto, como permaneceu preso durante 11 anos, a defesa dele recorreu. O STJ aceitou o pedido e relaxou a prisão preventiva. Depois de solto, fugiu para a Bolívia. 

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