O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu, nesta segunda-feira, 10, a data do julgamento da cabeleireira Débora dos Santos, presa pelo 8 de janeiro.
Durante a manifestação, ela escreveu, com batom, a frase “perdeu, mané”, na estátua da deusa Têmis, que fica em frente ao STF.
Conforme o calendário do tribunal, a Corte vai dar o veredito no caso da mulher entre 21 e 28 de março, no plenário virtual. Nesse ambiente, sem debates ou sustentações orais dos advogados, os juízes do STF apenas depositam os seus votos.
Se Débora for condenada, ela pode pegar até 17 anos de cadeia.
Prisão preventiva de Débora dos Santos vai completar dois anos
Débora foi detida em 17 de março de 2023, pela Polícia Federal (PF), durante a 8ª fase da Lesa Pátria, operação da PF contra envolvidos no protesto em Brasília.
Por mais de um ano, a cabeleireira ficou presa sem denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A PGR só formalizou a acusação, em 7 de julho de 2024, depois de Oeste revelar que a mulher estava enjaulada sem queixa da Procuradoria.
Em 9 de agosto, a 1ª Turma do STF tornou Débora ré. Há poucas semanas, os advogados dela apresentaram as alegações finais.
A defesa da cabeleireira tem apresentado pedidos de prisão domiciliar para Débora, devido a ser mãe de dois menores. Moraes, contudo, vem negando as solicitações, sob pretexto de Débora apresentar “periculosidade social”.
Quem é a cabeleireira?
Casada com o pintor Nilton Cesar, Débora é mãe de duas crianças, uma com 6 anos e outra com 9 anos.
A mulher também é religiosa. Antes de ir para a cadeia, Débora frequentava a Igreja Adventista do 7º Dia.
No ano passado, os filhos de Débora gravaram um vídeo no qual fizeram um apelo à Justiça pela soltura da mãe. Diversos parlamentares, como os deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO) e Bia Kicis (PL-DF), compartilharam o conteúdo. “Todos vão pagar por isso”, disse Gayer.