Durante quase um mês, quem estava fora do Brasil foi impedido de entrar no site e no sistema eletrônico do STF.
O bloqueio de acesso internacional ocorreu no início de março, sem alarde, por decisão do próprio tribunal. E valeu todos os países do mundo.
O motivo da medida, que não chegou a ser divulgada, foi o que o Supremo chamou de um “aumento expressivo” de ataques virtuais à Corte.
O STF diz que o objetivo da medida “foi ajustar os sistemas de segurança para melhor responderem a esses ataques”. Enquanto isso, a mensagem 403 Forbidden (Proibido, em inglês) aparecia na tela de quem entrava no stf.jus.br do exterior.
O desbloqueio foi efetivado na segunda-feira passada, dia 31 — coincidentemente, algumas horas depois de o Radar pedir esclarecimentos à Corte.
Entre as mais variadas táticas no arsenal dos cibercriminosos para quebrar barreiras de segurança, uma técnica se destaca como a mais devastadora: o ataque DDoS, sigla em inglês para Distributed Denial of Service (“negação distribuída de serviço”).
A estratégia consiste em acessar um site milhares de vezes por segundo até que os servidores (computadores responsáveis pela operação da página) entrem em colapso pela sobrecarga de solicitações
No começo do mês passado, o STJ foi alvo da investida de hackers e enfrentou instabilidade na sua página. No X (antigo Twitter), um deles escreveu que a “ditadura” do ministro Alexandre de Moraes estava “com os dias contados”.
“‘Vamos confirmar que você é humano”
Para evitar invasões ou a derrubada do site, os usuários agora precisam provar que são humanos uma vez a cada hora.
Habilitado no dia 23 de março, o uso do captcha (quando é preciso identificar que imagens contém o objeto apontado) serve para conter ataques do tipo DDoS que as outras ferramentas implantadas na infraestrutra de acesso não conseguem conter.