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Sócio mandou matar instrutor de jiu-jitsu porque tinha dívida de R$ 300 mil com ele

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Manaus/AM – O instrutor de jiu-jitsu, James Nascimento, 49, foi assassinado a mando do próprio sócio e amigo, Fabrício dos Santos Gonçalves, 42.

Segundo a polícia, Fabrício tinha uma dívida de mais de R$ 300 mil com James e decidiu matá-lo porque não conseguia pagar o valor.

“O James tinha cerca de R$ 300 mil nas mãos do Fabrício, que mexia com ouro. Então eles estavam nesse negócio e o Fabrício se comprometeu a pagar um valor diário exorbitante, de R$ 5 mil a título de lucro para os James. É uma coisa que não tinha como ele manter, claramente ali havia alguma fraude nessas informações de lucros, porque não existe nada que dê um lucro diário desse”. 

Diante disso, Fabrício decidiu que a melhor forma de acabar com a dívida e ficar com o dinheiro de James, era matá-lo e pediu ajuda de Carlos Inácio Ferreira de Souza, 35.

Carlos Inácio era aluno da academia e também conhecia James. Ele ficou responsável por  contratar Kauã Neves, o pistoleiro que executou o instrutor de jiu-jitsu, no dia 8 de março deste ano, no bairro Santo Antônio.

Fabrício deixou delegacia rindo - Foto: Jander Robson/Portal do Holanda

Fabrício deixou delegacia rindo – Foto: Jander Robson

Carlos é o intermediador entre o mandante que é o Fabrício e o executor que é o Kauã Neves. Ele era aluno de artes marciais do James (…) Então foi um crime premeditado. O Fabrício que se dizia o amigo do James e sócio levou, inclusive, o Kauã no próprio carro na academia um dia antes para mostrar onde era a academia, onde o James costumava parar o carro o horário que ele chegava”. diz a delegada Marília Campêlo.

Ela ainda afirma que Fabrício mostrou a foto de James para Kauã “para que ele não tivesse dúvidas na hora de executar a vítima”.

 Além do trio, a polícia também prendeu Antônio Ricardo Gomes de Sá, 36. O acusado também participou da trama fornecendo a motocicleta que Kauã usou para abordar e matar James no dia do crime.

“O Antônio Ricardo pega a moto utilizada no crime oito dias antes numa oficina no bairro Colônia Antônio Aleixo e entrega para uma outra pessoa que entrega para o executor”.

Kauã confessou o crime e contou que recebeu R$ 5 mil de Fabrício e de Carlos Inácio para assassinar o instrutor.

Foto: Jander Robson/Portal do Holanda

Foto: Jander Robson

Inclusive ele disse que recebeu o valor de R$ 5 mil. Recebeu R$ 1 mil em PIX,  do próprio Carlos Inácio e os outros R$ 4000 foi em espécie. esse pix está documentado”, ressalta Marília.

Fabrício, Antônio e Carlos não confessam o crime e ainda mentiram para a polícia, mas acabaram sendo descobertos e presos. Kauã já teve a prisão temporária convertida em preventiva e a polícia vai pedir o mesmo para os demais.

A delegada ressalta que James não estava envolvido em comércio de ouro ilegal, ele tinha vários investimentos em diferentes ramos de negócios, incluindo na loja de Fabrício, que vendia ouro legalizado.

“Nem todo mundo que mexe com ouro que compra e vende ouro, está fazendo algo ilegal . Então ele tinha negócios de aluguel de carros, ele tinha negócios com o Fabrício e o Fabrício tem lojas que vendem ouro, Não temos aqui qualquer notícia de que ele estava envolvido com algo que tinha envolvimento com algo ilícito”.

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