Quando polícia prende uma quadrilha acusada de extorsão de empresários é um bom sinal. As matérias sobre o tema trazem os nomes das vítimas e dos criminosos. Mas no caso da extorsão de “grandes traficantes” por policiais e advogado, onde estão as vítimas? Provavelmente presas. Ou não. Como nomes são omitidos, o leitor sempre indaga de que forma foi feita a denúncia: o traficante foi à policia? Fez um boletim de ocorrência e apontou os suspeitos ? Provavelmente, não.
Mas se a falta de informação se deve a forma como as prisões são vazadas, a imprensa também peca pela falta de clareza e objetividade ao passar ao leitor uma informação cheia de imprecisões.
Como os leitores não são bobos, as queixas chegam rápido pelos aplicativos de celular. E são duras. São eles que dizem que a imprensa ou parte dela informa mal ou a policia age de forma a proteger a identidade daqueles que, embora vítimas de extorsão, são criminosos.
A primeira critica é correta; a segunda talvez tenha relação com questões de sigilo.
Mas por que os nomes dos acusados de extorsão acabam vazando, no caso os nomes dos policiais Danyelle Cristina dos Santos Santos e dos PMS Elson França e Luciano Silva, além do advogado Márcio Clebson?
Não há apenas um lado da história. Ha dois lados e os dois são criminosos. Deveriam, portanto, ser igualmente expostos ou fica a suspeita de que, ou a imprensa não se prestou ao dever de informar ou obter os nomes das supostas vítimas, por alguma razão a polícia as manteve distante do noticiário. O que é também muito suspeito.