A pouco mais de um mês de sua realização, dois dos principais eventos esportivos franceses e do planeta estão sob risco.
Os sindicatos do setor de energia do país ligados à Confederação Geral do Trabalho (CGT) divulgaram uma carta ameaçando cortar o abastecimento do Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1 e do Torneio de Roland Garros caso o governo de Emmanuel Macron não retroceda na reforma previdenciária aprovada pelo Senado em março e que tem sido alvo de contestação em todo o país.
“Macron prometeu 100 dias para apaziguar, e nós prometemos 100 dias de ação e de raiva”, afirma o comunicado, publicado após o encerramento do Conselho Geral dos sindicatos da Federação Nacional Mineira Energética CGT.
“O Festival de Cinema de Cannes, o Grande Prêmio de Mônaco, o Torneio de Roland Garros e o Festival de Avignon poderiam terminar na escuridão! Não deixaremos passar!”,
avisaram os sindicalistas na continuidade da carta.
Mais tradicional das provas da Fórmula 1, o GP de Monaco está marcado para o fim de semana de 26 a 28 de maio. Embora seja realizado no principado, ele é inteiramente dependente da rede elétrica francesa. Ainda que a prova em si possa ser realizada com geradores próprios, um corte no fornecimento de energia impediria a presença de público.
É neste mesmo fim de semana que se inicia o Aberto de Roland Garros, um dos quatro Grand Slams do tênis mundial. O torneio tem previsão de durar até 11 de junho.