Após meses de negociações e paralisações de atividades, o conselho da Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente votou nesta semana o indicativo de greve geral para todos os servidores ambientais. A decisão foi tomada em um encontro que marcou a continuidade das tensas relações com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
A decisão de votar o indicativo de greve foi impulsionada pela rejeição, por parte do MGI, da última proposição feita pela Ascema.
Em ofício enviado no início de junho, a pasta manteve a proposta anterior do governo, afirmando que estava “no limite máximo, do ponto de vista orçamentário, do que é possível oferecer”. Essa resposta negativa intensificou a insatisfação entre os servidores, que vêm pleiteando melhores condições de trabalho e reajustes salariais que reflitam a importância de suas funções.
Cobranças
Desde meados de 2023, os servidores estão mobilizados, e a possibilidade de greve nunca foi descartada caso não houvesse avanços nas negociações. Atividades vitais, como o monitoramento da biodiversidade e a coordenação de políticas públicas e pesquisas ambientais, dependem do desfecho dessas negociações.
A Ascema Nacional representa servidores ambientais lotados em órgãos fundamentais como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Serviço Florestal Brasileiro.
Posicionamento do governo federal
O Ministério do Meio Ambiente afirmou que a reorganização das carreiras do Meio Ambiente é uma prioridade da pasta e que está em constante diálogo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos para apresentar um cronograma das próximas etapas de negociação.