BRASÍLIA. Em pronunciamento hoje na tribuna , o senador Plínio Valério (PSDB-AM) renovou apelo a superintendência do Banco da Amazônia, o BASA, para rever o programa de enxugamento do quadro de empregados. Nesse momento de alarmantes de 13 milhões de desempregados Plínio lembrou que , além de ser uma maldade nessa pós pandemia, o programa de demissões no BASA irá agravar ainda mais esse quadro. Em janeiro o banco anunciou o Programa de Desligamento Voluntário (PDV) que atingiria 302 engenheiros. E a demissão compulsória de todos os 145 servidores integrantes do quadro de apoio do BASA.
Plínio argumenta que as demissões maciças não se justificam em função de dificuldades financeiras, já que o banco de fomento vem tendo lucros expressivos. Isso ocorre no momento em que o BASA apresenta resultado recorde. Seu resultado gerencial, que em 2019 estava em R$ 275,3 milhões, saltou para R$ 737,8 milhões em 2021. Nesse mesmo período, sua carteira de crédito passou de R$ 28,7 bilhões para R$ 39,7 bilhões. Enquanto isso tanto suas despesas com pessoal e as despesas administrativas mantiveram-se praticamente estáveis.
“Demissões são sempre traumáticas e se tornam ainda mais chocantes quando atingem servidores públicos concursados, todos eles com longo tempo de dedicação e esforço. Feitas as contas, contata-se que os lucros do BASA praticamente triplicaram nesses dois anos, e seus gastos com pessoal evoluíram em menos de 4 por cento. Enquanto isso, seus funcionários são atingidos por uma sequência de demissões coletivas partidas da atual cúpula do Banco da Amazônia, uma instituição federal”, criticou Plínio.
Na mesma sessão do Senado, Plínio votou a favor do projeto de conversão da Medida Provisória que cria o Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil Voluntário e Capacitação de jovens e adultos de para serviços civis .
Recebi uma comitiva de bancários aflitos com a demissão em massa lá no BASA. Ora, se eu me incomodo com a demissão de 151 pessoas, como não exaltar a criação de milhares de empregos? Meu voto vai ser “sim”. Com algumas dúvidas, mas não posso fugir à nossa responsabilidade de amenizar o sofrimento do povo brasileiro nesse momento explicou Plínio.
Veja o discurso na íntegra: