O senador Eduardo Girão (Podemos-CE), citou nessa terça-feira (15), na CPI da Covid a Operação Maus Caminhos, com vários desdobramentos e que teve como um dos alvos de investigação o senador e atual presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD).
Durante depoimento do ex-secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, o senador questionou sobre o impacto da corrupção na deficiência da Saúde no Estado do Amazonas e chegou a citar a operação da PF, que tinha como objeto principal da investigação o desvio de cerca de R$ 260 milhões de verbas públicas da saúde por meio de contratos milionários firmado com o governo do estado do Amazonas.
Omar é investigado porque, quando ele era governador, parte desses contratos foi firmada e um relatório parcial da Polícia Federal, o da Operação Vertex, um desdobramento da Maus Caminhos, cita seu nome 256 vezes em 257 páginas.
Omar foi alvo de desdobramento da operação. A esposa do senador e seus irmãos chegaram a ser presos.
Um dos trechos diz que “os indícios da atuação de OMAR AZIZ para a criação e manutenção da organização criminosa formada em torno do Instituto Novos Caminhos são robustos e permeiam toda a investigação”.
Em outro, destaca-se o trecho em que uma colaboradora dos investigadores aponta que o senador recebia propina: “XXXX diz que, após o início das atividades da OS, o valor que deveria ser entregue a OMAR AZIZ era de 500 mil reais. Esse valor era entregue toda vez que a OS ia recebendo do Estado do Amazonas e que os valores eram entregues de forma fracionada. XXXX já realizou entrega de parte do valor destinado a OMAR. AZIZ para funcionários do Senador.”
Os autos chegaram a ser encaminhados para o Supremo Tribunal Federal em razão do fato de Aziz ser senador, mas o novo entendimento da corte sobre foro privilegiado fez com que, em junho de 2018, retornassem ao Amazonas. A investigação contra o senador atualmente está na Justiça Federal do Amazonas.
Ainda não há decisão da Justiça no processo.