Manaus – Na manhã desta segunda-feira (25), um grupo de trabalhadores da empresa Locati se reuniu em frente à sede da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) para protestar contra o atraso salarial que já dura mais de seis meses. Com faixas e cartazes, os funcionários expressaram sua revolta e indignação diante da situação que tem afetado diretamente suas vidas e suas famílias.
A Locati é uma empresa terceirizada que presta serviços à SES-AM, mas, segundo os manifestantes, o não pagamento dos salários tem causado sérios impactos nas suas condições de vida.
“Tem gente aqui que não está conseguindo nem pagar o transporte para vir trabalhar. A gente não tem o que comer em casa. Como é que a gente vai trabalhar sem receber?”, disse um dos trabalhadores, que preferiu não se identificar.
A insatisfação é generalizada entre os funcionários, que relatam não apenas dificuldades financeiras, mas também problemas pessoais graves.
“Tem colegas com filhos que dependem da pensão alimentícia e não conseguem pagar. Isso é uma humilhação”, afirmou uma das manifestantes, se referindo à situação de pais que estão com pensões alimentícias atrasadas devido à falta de pagamento da empresa.
De acordo com os trabalhadores, a dona da Locati, Onísia Alves Carioca Pedrosa, tem ostentado nas redes sociais uma vida de luxo, com viagens e eventos, enquanto seus empregados continuam sem receber o que é de direito.
Onísia, que foi candidata a vereadora nas eleições de 2024, e seu marido, Antônio Célio Feitoza Pedrosa, têm sido acusados de prometerem pagar os salários em datas específicas, mas falharem constantemente em cumprir esses compromissos.
“Eles nos enrolam o tempo todo. Sempre dizem que vão pagar no dia X, mas o dia chega e nada acontece”, desabafou um trabalhador que participou do protesto.
A situação tem gerado um clima de incerteza e revolta entre os funcionários da empresa, que afirmam que o pagamento dos salários não é uma questão de gentileza, mas de direito trabalhista. “Nós estamos aqui para lutar pelo que é nosso. Não podemos mais aceitar ser tratados assim”, disse outro manifestante.
A SES-AM, por sua vez, ainda não se pronunciou oficialmente sobre a manifestação ou sobre as medidas que estão sendo tomadas para resolver a questão. Enquanto isso, os trabalhadores seguem na luta por justiça e pelo pagamento dos salários atrasados, que já se arrastam há meses, sem previsão de solução.