O governo federal já entregou a medida provisória (MP) que cria o programa de transferência de renda substituto do Bolsa Família, batizado de Auxílio Brasil. Mas a falta de apoio ao projeto fez com que o ministro da Economia, Paulo Guedes, considerasse a prorrogação do auxílio emergencial.
Durante um evento do BTG Pactual, Guedes falou sobre as chances de manutenção do atual programa social, além de debater a possibilidade de extensão da iniciativa emergencial.
O auxílio emergencial foi lançado em 2020 para atender às famílias mais vulneráveis durante a pandemia de Covid-19. Até o momento, o último pagamento está previsto para o outubro.
Contudo, o encerramento do programa foi vinculado ao início do Auxílio Brasil, que pode acabar ficando no papel. Até o momento, o governo ainda não conseguiu encaixar a iniciativa no orçamento.
“Inadvertidamente o mundo empresarial vai a Brasília e faz um lobby contra o (projeto de reforma do) Imposto de Renda. Ele na verdade está inviabilizando o (aumento do) Bolsa Família”, explicou o ministro.
“Vai produzir uma reação do governo que é o seguinte: ah é, então quer dizer que não tem fonte não, né? Não tem tu vem tu mesmo. Então é o seguinte, bota aí R$ 500 logo de uma vez e é auxílio emergencial. A pandemia está aí, a pobreza está muito grande, vamos para o ‘vamos ver’”, completou.