São Paulo está testando uma nova forma de pagar a tarifa do ônibus: com QR Code. A ideia é que passageiros paguem antecipadamente o bilhete usando o app SP Pass. Na catraca, um validador lê o código na tela do celular.
O teste acontece apenas nos 17 ônibus da linha 4031-10 (Parque Santa Madalena–Metrô Tamanduateí) e terá duração de seis meses.
Quem pagar com QR Code não terá os benefícios de integração do Bilhete Único, que permite embarcar até quatro ônibus em três horas com o valor de uma única passagem ou ônibus mais trem ou metrô pagando um valor reduzido.
SP Pass é uma carteira digital
A novidade é fruto de uma parceria da SPTrans, empresa que administra os ônibus de São Paulo, com a startup UPM2, que desenvolveu o sistema de pagamento e o super app SP Pass.
O SP Pass está disponível para Android e iOS. Ele é, na verdade, uma carteira digital, com direito a cartão pré-pago virtual, pagamento de contas, recarga de celular e compra de créditos de serviços como 99 e bicicletas do Itaú.
Para comprar o bilhete, o passageiro deve baixar o app, abrir sua conta, depositar dinheiro na carteira (por boleto, cartão, transferência ou em lotéricas) e, finalmente, comprar a passagem de ônibus.
Pagamento com cartão chegou em 2019
Em seu comunicado à imprensa, a SPTrans destaca que o pagamento por QR Code é uma boa opção para turistas. Assim, eles não precisam de dinheiro em espécie para embarcar no transporte coletivo — o Bilhete Único necessita de cadastro e impressão de um cartão personalizado.
Uma alternativa que pode ser interessante para quem está só visitando a cidade é o pagamento por NFC, seja com o celular ou com um cartão de débito ou crédito contactless.
O programa começou a ser implantado em setembro de 2019, inicialmente em 200 ônibus. Os veículos que aceitam cartão têm uma etiqueta amarela na porta, com quatro ondas. Jundiaí (SP) e Rio de Janeiro (RJ) contam com tecnologias semelhantes no transporte público.
Metrô e CPTM já adotaram QR Code
O pagamento com QR Code é novidade nos ônibus da capital paulista, mas já existe nas estações de metrô e trem desde 2020.
O sistema é chamado de Top e funciona com códigos impressos em papel (como uma nota fiscal de mercado ou um recibo de maquininha de cartão) ou exibidos na tela do celular.
Eles substituíram os antigos bilhetes magnéticos, que eram inseridos nas catracas. As bilheterias do Metrô e da CPTM serão fechadas até o fim de 2021.
Com informações de SPTrans.