A investigação contra empresários e influenciadores, entre eles, o cantor Gusttavo Lima e a advogada Deolane Bezerra, teve início com a apreensão de um saco de dinheiro. Em 2022, a localização de um montante de R$ 180 mil e de anotações, apreendidas em uma banca de jogo do bicho, contribuiu para desmantelar a organização.
Conforme reportagem da TV Globo, de 8 de setembro, agentes encontraram o objeto no estabelecimento ‘O Caminho da Sorte’, em Recife. Darwin Henrique da Silva, conhecido bicheiro na cidade, era o responsável pelo local.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil de Pernambuco, Renato Rocha, as informações do caderno indicavam lavagem de dinheiro. Elas ainda davam pistas sobre outros integrantes do esquema.
As investigações mostraram que os envolvidos usavam novas tecnologias e empresas de vários setores para reintegrar o dinheiro lavado à circulação.
Gusttavo Lima tem bens bloqueados
Uma empresa de Gusttavo Lima teria envolvimento no esquema. A Justiça bloqueou R$ 20 milhões e determinou o sequestro de imóveis e embarcações da Balada Eventos e Produções Limitada.
A hipótese é que a empresa do cantor tem ligação a um esquema de lavagem de dinheiro junto a empresas de José da Rocha Neto — dono da casa de apostas online Vai de Bet.
Um avião comprado recentemente por uma empresa de Rocha Neto era de Gusttavo Lima. A JMJ Participações adquiriu a aeronave Cessna Citation Excel, que foi apreendida pela Operação Integration em 4 de setembro.
A assessoria de Gusttavo Lima nega seu envolvimento no esquema. Ela afirma, também, que a aeronave ainda está em nome da Balada Eventos devido a trâmites burocráticos. Em nota, a equipe do cantor declara que ele tem apenas um contrato de uso de imagem com a Vai de Bet e que “nem ele e nem a Balada Eventos fazem parte de nenhum esquema de organização criminosa de exploração de jogos ilegais e lavagem de dinheiro”.