O secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciou nesta sexta-feira, 30, uma nova política de restrição de vistos a estrangeiros que pratiquem “ódio contra a comunidade judaica” e contra Israel.
“Sob o presidente Trump, os Estados Unidos apoiarão o povo judeu. Nós implementamos uma nova política de vistos que impedirá estrangeiros virem para os Estados Unidos para espalhar ódio contra a nossa comunidade judaica. Nós estamos responsabilizando organizações internacionais por retórica anti-Israel que é usada por monstros como o Irã e o assassino de Sarah.
Mas nós vemos uma luz no fim deste sofrimento. Nós podemos imaginar um Oriente Médio onde os Acordos de Abraão prevaleçam. Obrigado pela oportunidade de falar com vocês”, afirmou, em vídeo publicado pelo Departamento de Estado.
Nesta semana, Rubio também anunciou que estrangeiros que atentem contra a liberdade de expressão de americanos e residentes serão impedidos de entrar nos Estados Unidos.
Trump e Harvard
A declaração de Rubio sobre o povo judeu ocorreu em meio à batalha jurídica entre o governo americano e a universidade de Harvard.
Na quinta, 29, a juíza federal Alisson Burroughs bloqueou uma ordem de Trump que impedia matrículas de estudantes internacionais na universidade.
O governo americano acusa Harvard de permitir protestos antissemitas em seu campus.
Além disso, a Casa Branca suspendeu temporariamente as entrevistas para novos vistos de estudantes estrangeiros, afetando milhares de candidatos.
A justificativa é a necessidade de uma triagem minuciosa para concessão dos vistos, diante da nova política adotada.
‘Mês da Herança Judaico-Americana’
Na semana passada, o presidente Donald Trump proclamou o mês de maio como o ‘Mês da Herança Judaico-Americana’.
O perfil oficial da Casa Branca no X divulgou um recado do republicano aos judeus.
‘Feliz mês da herança judaico-americana. Este maio, nós celebramos a incrível contribuição que os cidadãos judeus fizeram para o nosso país e eles são muitos.
Desde muito antes da fundação da nossa nação, os cidadãos judeus têm feito parte do tecido desta maravilhosa República Americana.
Ao longo das gerações, tornaram-se muitos dos nossos maiores cientistas, médicos, artistas, juristas e, certamente, homens de negócios, incluindo Albert Einstein, George Gershwin, Herry Kissinger, Milton Friedman e muitos outros”, disse.
Trump mencionou ainda as disputas travadas contra universidades federais que, segundo ele, permitem manifestações antissemitas em seus campus.
“A América é, de longe, o lar da maior população judaica fora de Israel, e defenderemos sempre o nosso povo e os nossos crentes religiosos.
É por isso que tomámos medidas sem precedentes para acabar com o flagelo do antissemitismo no nosso país e as escolas e os campus universitários estarão seguros“, continuou.