Manaus – O jornalista e advogado Ronaldo Tiradentes trouxe à tona nesta quinta-feira, 17, detalhes estarrecedores sobre uma tentativa de extorsão envolvendo a advogada Adriane Magalhães e o também advogado Charles Garcia. De acordo com as revelações feitas em seu programa na Rede Tiradentes, o caso ganha contornos preocupantes não apenas pela gravidade da denúncia de assédio sexual — que precisa ser rigorosamente apurada — mas também pela forma como a advogada da suposta vítima tentou negociar a supressão da denúncia com a esposa de Charles Garcia.
Ronaldo destacou que, segundo documentos e áudios obtidos, no dia 04 de abril, Adriane Magalhães procurou Juliana, esposa de Charles, para uma conversa em uma padaria de Manaus. A reunião foi gravada e posteriormente registrada em ata notarial, conferindo valor jurídico ao conteúdo do diálogo.
“Em dois momentos dessa conversa, a advogada Adriane tenta intermediar um acordo financeiro para evitar a denúncia. É algo extremamente sério. Ela diz claramente que a cliente não sabe daquele encontro e insiste na ideia de ‘tentar fazer um acordo com essa moça’. Isso levanta uma questão ética gravíssima”, afirmou Ronaldo.
Ronaldo destaca que um trecho da conversa gravada é revelador: “Olha, você tem até segunda-feira para resolver isso. Você tem que saber se ele [Charles] achar que isso é verdade, sei lá… Vamos tentar fazer um acordo… Eu estou me colocando à disposição se eu puder ajudar em alguma coisa”, tenta barganhar a advogada.
O caso torna-se ainda mais grave com o surgimento de uma testemunha que, segundo inquérito aberto pela Polícia Civil, afirmou que em um segundo encontro Adriane Magalhães teria exigido entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão para “evitar que o caso fosse levado ao conhecimento público”.
Ronaldo Tiradentes, com sua experiência como advogado e jornalista, foi enfático: “Não se comercializa uma denúncia de violência sexual. Se uma mulher sofreu um crime dessa natureza, é obrigação do profissional do Direito encaminhar imediatamente à polícia, e não procurar a esposa do acusado para propor acordos e esconder a suposta vítima.”
O que mais causa espanto, segundo Ronaldo, é a forma com que a advogada agiu à revelia da própria cliente: “Ela traiu a confiança da suposta vítima. Foi por conta própria tentar ‘ajudar’, ou seja, negociar. Isso é absolutamente antiético. Mesmo que nada tivesse sido tratado, apenas o fato de uma advogada, portadora de uma denúncia dessa magnitude, chamar a esposa do acusado para um café na padaria já seria, no mínimo, impróprio.”
Do outro lado, o advogado Charles Garcia mantém-se firme, confiando na apuração dos fatos. A defesa acredita que as provas reunidas — gravações, atas notariais e relatos de testemunhas — demonstram que ele foi alvo de uma armação, com tentativa clara de extorsão.
O caso agora está sob investigação da Polícia Civil. A Justiça terá a missão de apurar não só a suposta prática de assédio, mas também o possível crime de extorsão.
Como bem concluiu Ronaldo Tiradentes: “A dignidade de uma mulher não pode ser moeda de troca. E um profissional do Direito que tenta transformar uma denúncia em barganha não defende Justiça — viola seus próprios princípios.”
A sociedade aguarda respostas. Que a verdade venha à tona — e que a justiça, imparcialmente, seja feita!