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“Robôs assassinos” alimentados por IA estão em uso na guerra da Ucrânia

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O desenvolvimento de robôs autônomos alimentados por IA e fortemente armados pode mudar completamente o futuro das guerras

A inteligência artificial já está presente em diversos armamentos e tem sido utilizada com frequência na guerra entre Rússia e Ucrânia. O conflito, inclusive, é visto como um espaço de aperfeiçoamento e de desenvolvimento de novas tecnologias militares. Uma delas são os chamados “robôs assassinos”.

Robôs já foram usados para atingir alvos russos

Um dos protótipos está sendo desenvolvido pela empresa ucraniana de drones Vyriy. O veículo aéreo não tripulado é capaz de perseguir seu alvo a grandes velocidades. Ao encurralar o “inimigo”, o dispositivo aguarda o sinal verde para atacar.

A tecnologia usa algoritmos básicos de visão computacional, que analisam e interpretam imagens e ajudam na tomada de decisões. Outras empresas apostam em mecanismos mais sofisticados, e estão criando softwares capazes de identificar e atacar alvos de forma autônoma.

Novos armamentos podem realizar ataques de forma autônoma (Imagem: WindVector/Shutterstock)

O desenvolvimento das tecnologias, claro, tem uma origem muito ruim: a guerra. Desde que a invasão por parte da Rússia começou em 2022, enormes investimentos e doações de empresas e de governos transformaram a Ucrânia em uma espécie de Vale do Silício para drones autônomos e outros armamentos.

De acordo com o governo ucraniano, drones autônomos já foram usados para atingir alvos russos. Segundo analistas, é possível esperar que verdadeiros exércitos autoguiados de robôs armados com metralhadoras realizem ataques contra pelotões de soldados inimigos no futuro.

Guerra entre Ucrânia e Rússia está sendo utilizada como “campo de testes” dos novos armamentos (Imagem: Shutterstock)

Nível de automação dos armamentos gera discussão

  • As versões mais avançadas destes robôs assassinos usam IA para identificar padrões e tomar decisões.
  • Foram criados modelos de linguagem grande (LLMs) específicos que permitem que os dispositivos militares respondam em tempo real a vídeos e filmagens de câmeras.
  • Tudo isso sem a necessidade de mediação humana, o que tem gerado uma discussão sobre qual o nível de automação aceitável na área militar.
  • Grupos de direitos humanos e a própria Organização das Nações Unidas (ONU) querem limitar o uso de armas autônomas por medo de que elas possam desencadear uma nova corrida armamentista global que possa sair do controle.
  • Embora não sejam tão avançados quanto os sistemas militares utilizados pelas tropas dos Estados Unidos, China e Rússia, por exemplo, estes armamentos têm como vantagem o baixo custo e a facilidade de produção.
  • Por outro lado, isso pode facilitar o acesso de grupos terroristas a estas novas armas.
  • As informações são do The New York Times.
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