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Réu que vazou foto de autópsia de Marília Mendonça é condenado

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O acusado vai responder por vilipêndio a cadáver, divulgação do nazismo, xenofobia, racismo, uso de documento público falso, entre outros

A Justiça do Distrito Federal condenou à prisão André Felipe de Souza Alves Pereira, acusado de vazar fotos das autópsias do cantor Gabriel Diniz, morto em um acidente aéreo em 2019, e da cantora Marília Mendonça, que faleceu após a queda de um avião em 2021.

O réu, que foi preso em abril, foi condenado pelos crimes de vilipêndio a cadáver, divulgação do nazismo, xenofobia, racismo, uso de documento público falso, atentado contra serviço de utilidade pública e incitação ao crime.

De acordo com o site EXTRA a sentença publicada, nesta quarta-feira (27), pela 2ª Vara Criminal de Santa Maria, o juiz Max Abrahao Alves de Souza afirmou que André Felipe agiu com o objetivo de “humilhar e ultrajar” os artistas.

O magistrado ressaltou que as fotografias expostas e os comentários realizados pelo réu em seu perfil no antigo Twitter deixaram claro seu intuito de desrespeitar e ofender os mortos, cujas imagens eram amplamente apreciadas pelo público.

André Felipe de Souza Alves Pereira foi condenado a 8 anos de reclusão e 2 anos e 3 meses de detenção. O regime inicial de cumprimento da pena será o semiaberto.

O magistrado destacou que a autoria e a materialidade dos delitos ficaram comprovadas durante o processo com base em depoimentos e laudos técnicos. Todas as provas colhidas, como os links divulgados e mensagens postadas pelo acusado nas redes sociais, o documento de identidade falso apreendido, o registro da ocorrência policial, o laudo da perícia criminal realizada no celular do réu e os relatos oferecidos sob o contraditório, demonstraram a materialidade dos crimes.

O réu confessou ser o titular e gerenciador do perfil usado para divulgar as fotos dos cadáveres de Marília Mendonça e Gabriel Diniz. Um laudo da perícia criminal realizado no celular dele corroborou essa acusação. Além disso, informações do Ministério da Justiça revelaram que o mesmo perfil foi utilizado para postagens ameaçadoras com armas de fogo e conteúdo racista.

André Felipe também admitiu ter usado um documento falso durante sua abordagem e prisão. Embora o documento fosse materialmente verdadeiro, ele indicava o número do Cadastro de Pessoa Física de outra pessoa. O réu também confirmou ter criado um perfil em homenagem a Dylan Klebold, um dos autores do “Massacre de Columbine”, e ter divulgado mensagens violentas e com incentivo à morte e armas de fogo nesta conta.

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