O município de Parintins viveu nesse domingo (20) uma verdadeira avalanche de desmentidos e notas de esclarecimentos emitidas pelos bumbás Caprichoso e Garantido. Tudo por causa da presença do boi Caprichoso na recepção ao coronel reformado Alfredo Menezes, que chegou à cidade no último sábado para cumprir uma agenda de reuniões políticas. Ele é pré-candidato ao Senado.
Por ocasião da recepção, foi gravado um vídeo endereçado por Menezes ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que repercutiu nas redes e provocou as reações. Comentários favoráveis e contrários à presença do boi Caprichoso na recepção surgiram de todos os lados.
O presidente do Caprichoso, Jender Lobato, divulgou nota negando que tenha autorizado a presença do boi oficial na recepção. Entretanto, a assessoria de Menezes confirma que a solicitação foi enviada para ambos os bumbás de forma protocolar. O boi azul autorizou que sua principal alegoria fosse cedido, enquanto o Garantido negou o pedido.
Apesar de preparar a ida do presidente à Parintins, somente a imagem do Boi Caprichoso foi utilizada para a recepção. Vale lembrar que a “guerra dos bois” é dividida entre azul e vermelho, o que remete a “divisão” na política, entre esquerda e direita.
Mesmo sem ter a imagem exibida no vídeo, o Boi Garantido também se posicionou em relação ao uso de imagem. Por meio de nota, a associação pontuou que está “terminantemente proibida” a participação do boi-bumbá vermelho em eventos de natureza político-partidário sem a autorização do presidente. “A insistência será considerada como ato inflacionário e terá pronta resposta da diretoria do Boi Garantido”. declarou.
Menezes, como bom bolsonarista, tratou o episódio como “muito mimimi”. E disse que torce pelas duas agremiações.