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‘Quer mamar até o último segundo’: Caio André se revolta com bloqueio que visa frear seus gastos exorbitantes na CMM

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Manaus – O vereador Caio André, que não conseguiu a reeleição, parece estar se dedicando a esvaziar os cofres da Câmara Municipal de Manaus (CMM) antes de deixar oficialmente a presidência da Casa. Após conceder aumentos salariais significativos aos colegas vereadores e garantir que os que não foram reeleitos continuem a usufruir de planos de saúde, Caio André agora se concentra em tentar reverter o bloqueio de R$ 10,3 milhões realizado pela Prefeitura de Manaus. A medida foi adotada para conter o que muitos consideram gastos excessivos de recursos públicos.

Caio André encerrará seu mandato como presidente da Câmara em dezembro, em meio a um cenário de polêmicas e descontentamento popular. Entre as decisões mais criticadas estão o aumento de 37,3% nos salários dos vereadores, que passarão de R$ 18 mil para até R$ 26 mil a partir de 2025, além da extensão dos planos de saúde para ex-vereadores e seus familiares.

A tentativa de desbloqueio dos R$ 10,3 milhões do orçamento da Câmara Municipal de Manaus gerou intensos debates e críticas por parte da população. O valor, que seria destinado ao Legislativo municipal, foi retido como uma forma de frear o que muitos consideram uma gestão marcada por gastos excessivos e desconectados da realidade da cidade.

Para muitos manauaras, as ações recentes da Câmara reforçam a percepção de que os políticos estão priorizando benefícios próprios em detrimento das necessidades da população. “Enquanto nós lutamos para pagar as contas e enfrentar os preços elevados, eles se concedem aumentos e privilégios. Isso é inaceitável”, disse um morador do bairro Jorge Teixeira.

Outro ponto de grande indignação foi a aprovação dos planos de saúde vitalício para ex-vereadores. “É um privilégio para poucos, enquanto a saúde pública para o povo continua em péssimas condições”, criticou uma moradora da Zona Norte.

Apesar das críticas, Caio André manteve a postura e decidiu recorrer à Justiça pedindo o desbloqueio dos R$ 10,3 milhões. Ele entrou com uma ação no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), argumentando que o valor retido faz parte do duodécimo, um repasse obrigatório do Executivo ao Legislativo. Agora, o caso será analisado pelo órgão competente.

Polêmica do plano de saúde

O Projeto de Lei nº 456 de 2024, aprovado sob a liderança do presidente em exercício, Caio André (União Brasil), estende a cobertura de planos de saúde para vereadores não reeleitos e seus comissionados. O projeto, que gerou indignação nas redes sociais e entre especialistas, permite que ex-vereadores e seus familiares continuem desfrutando de um plano de saúde custeado pelos próprios beneficiários, mas com a estrutura e condições especiais que a Câmara proporcionava enquanto estavam no cargo.

Enquanto o cidadão comum luta para pagar mensalidades cada vez mais caras em planos privados ou se resigna ao caos do sistema público, os vereadores fora do mandato asseguram o acesso a uma estrutura de excelência. Na prática, o projeto de lei consolida um benefício que perpetua privilégios, mesmo após o término de suas funções legislativas.

*Com informações cm7brasil

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