O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, informou através das redes sociais que o partido expulsou a deputada federal Luísa Canziani após ela supostamente tentar gravar uma reunião ministerial para a TV Globo. Após as acusações, a deputada negou que tenha feito isso.
Em entrevista ao canal do YouTube “Terça Livre”, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse que a suposta tentativa de gravação ocorreu em uma reunião com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, que tinha como pauta um projeto de lei sobre o “homeschooling” —no Twitter, Roberto Jefferson disse que a reunião era com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Deputado disse que estava presente na reunião e foi alertado de que Canziani, apontada para ser a relatora do projeto, portava um equipamento de gravação —um microfone e um aparelho transmissor— “escondido”. “Eu mesmo verifiquei com meus olhos que ela estava, e aparecia numa parte da calça dela o transmissor, interpelei ela publicamente, já que à mesa estava 12 deputados federais mais o ministro da Educação, e perguntei se ela estava portando algum equipamento de transmissão, de maneira muito educada ainda”, afirmou Eduardo.
“Gravar secretamente um Ministro de Estado é uma falta gravíssima. Essa turma que veio do jovairismo não tem limites. Reprovamos a conduta da deputada Luísa Canziani, que está expulsa do PTB”, escreveu o presidente do partido.
O presidente ainda comentou que a deputada não seguia mais as emendas do partido, e através das redes sociais, chamou o PTB de “seita”. “Nós rompemos com a deputada desde então e não temos nenhuma responsabilidade pelos atos dela. O partido de Luísa Canziani é ela mesma”, destacou.
Em nota, a deputada negou que tenha feito isso e afirmou que sempre respeitou os colegas de partido, e não gravaria uma reunião com ou sem permissão. No entanto, ela confirmou que está sendo acompanha pela equipe do Profissão Repórter, da TV Globo, para que seja feita uma reportagem com ela.
“Por isso, o microfone tem ficado comigo ao longo dos dias. O Secretário Executivo do MEC foi avisado previamente (e ele testemunhou isso na reunião, explicando que eu não estava gravando, em minha defesa)”, contestou.
Luísa ainda afirmou que quem gravou a reunião foi o deputado Eduardo Bolsonaro, e publicou nas redes sociais. “As gravações da reunião ministerial divulgadas há pouco pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, em suas redes sociais, só confirmam o que eu havia dito anteriormente: não gravei e nem gravaria reunião alguma sem permissão”, explicou.
(*) Com informações do Uol
