O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda-feira (24) não estar preocupado com o julgamento da denúncia por suposta tentativa de golpe de Estado na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A análise do caso começará nesta terça-feira (25).
“Tenho bons advogados, e eles vão, em um primeiro momento, explanar questões de tecnicidade […] Não tenho preocupação nenhuma com as acusações”, disse Bolsonaro em entrevista ao ao podcast Inteligência Ltda. “Eu sou inocente”, acrescentou.
Ele também acusou o governo Lula de supostamente “estimular” os atos de 8 de janeiro de 2023. “Ele [Lula] tinha que estar fora de Brasília. Foi tudo armado por eles para isso que está sendo acusado agora aqui, semelhante ao 6 de janeiro nos Estados Unidos… Eu estava nos EUA, tuitei condenando o que aconteceu”, disse.
Bolsonaro se referiu à viagem do presidente Lula (PT) a Araraquara (SP) para verificar estragos causados por fortes chuvas na ocasião. Já o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que a “segurança daqueles prédios públicos já estava a cargo do novo governo”.
Tarcísio defendeu a anistia aos envolvidos na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes como uma “remédio político” para a pacificação do país. Além disso, declarou lealdade ao ex-presidente.
“Em 30 dias no máximo me matam”, diz Bolsonaro sobre eventual prisão
Bolsonaro disse não ter “a menor dúvida” de que será morto caso seja preso. “Não tenho a menor dúvida. Em 30 dias no máximo me matam”, afirmou. Questionado qual seria o motivo, o ex-presidente desconversou. “Não vou falar, mas com toda certeza vai haver uma indignação nacional”, frisou.
Durante a entrevista, ele voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do golpe. “Se esse inquérito estivesse na mão de outro ministro qualquer tenho que certeza que seria o contrário […] Não sei o que passa na cabeça do ministro Alexandre de Moraes para tomar essa providência. E eu é que tenho que provar que sou inocente e não ele provar que sou culpado”, disse.