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Prefeitura reduz frota do transporte escolar na zona rural de Manaus

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Denúncia foi apresentada por professores e pais de estudantes que alegam redução de dez para apenas quatro veículos

Manaus –  Um grupo de professores, pais e responsáveis de estudantes da Escola Municipal Emef João Paulo II, denunciou a escassez de transporte escolar na zona rural da capital amazonense.

O grupo alega que por ordem da Prefeitura de Manaus, a quantidade da frota de ônibus escolares reduziu de dez para quatro veículos. Vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) discutiram a falta de pagamento às empresas que realizam o transporte escolar na capital.

Segundo informações dos pais, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) através da Prefeitura de Manaus, ofertava ônibus que transportam os alunos na área dos ramais do Puraquequara, Bela Vista, Nova Vitória, Grande Vitória e Santa Inês e que por ordem da Prefeitura diminuiu a quantidade da frota de 10 para 4, causando superlotação de alunos que precisavam do transporte para irem à escola, além do desconforto e acidentes dentro das rotas, envolvendo crianças e adolescentes das séries do ensino fundamental I e II.

(Foto: Divulgação)

Os pais exigem que o David Almeida volte atrás de sua decisão e devolva os dez ônibus escolares para que o transporte comporte os alunos e comunidade escolar. Eles exigem ainda que o prefeito arrume o ramal que está cheio de buracos, causando prejuízo à população que depende da via para a circulação de veículos, pedestres e escoamento de mercadorias.

(Foto: Divulgação)

Conforme explicou o professor Lambert Melo, coordenador jurídico do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom/Sindical), a categoria está perplexa com o prefeito David Almeida no descaso com a educação e a sociedade.

“Estamos realmente perplexos com o descaso com que o prefeito David Almeida está tratando a educação e verificando que não é só um tratamento hostil com os trabalhadores da educação, com os professores, os pedagogos, os técnicos administrativos. Nós estamos verificando que é um tratamento hostil também para com os próprios estudantes e para com toda a sociedade, os pais, os responsáveis desses estudantes, principalmente esses que são da zona rural, zona ribeirinha, rodoviária, que são os mais sofridos porque têm maiores dificuldades para estarem se locomovendo”,
disse Lambert.

O educador disse ainda que é inaceitável que os estudantes sejam prejudicados com a falta de repasse da Prefeitura de Manaus nos pagamentos às empresas responsáveis pelo transporte dos alunos.

“Realmente é inaceitável que o prefeito não pague as empresas contratadas para fazer esse transporte escolar e que os funcionários dessas empresas sejam obrigados a fazer paralisação, a fazer greve para terem condições de receber os pagamentos da prefeitura pelo serviço prestado que não está sendo pago e dessa forma trazendo graves prejuízos para esses estudantes e para essas famílias”

Lambert lamenta que o dinheiro arrecadado pelo município esteja sendo mal distribuído pela gestão de David Almeida, uma vez que a capital têm dinheiro ‘nos cofres’ e não sabem para onde esse valor ‘está indo’. O coordenador jurídico teme ainda que esteja sendo desviado para campanha política à reeleição do prefeito.

“Nós sabemos que a prefeitura tem acréscimo de arrecadação e que portanto não falta dinheiro nos cofres da prefeitura para fazer a manutenção e o desenvolvimento da educação. O que nós estamos querendo saber é para onde o dinheiro está indo, porque que o dinheiro que é arrecadado não está sendo utilizado para fazer os pagamentos, para fazer o reajuste salarial dos professores, para fazer realmente a manutenção daquilo que é necessário ser mantido para que as escolas possam funcionar com tranquilidade e os estudantes possam estudar com segurança. O que nós desconfiamos é que esse dinheiro pode estar sendo desviado para outras finalidades, para outros interesses, visto que nós estamos em campanha eleitoral já antecipada, estamos vendo que o prefeito agora só se preocupa realmente com a sua campanha de reeleição e pode ser que esses recursos estejam sendo tragados para outras finalidades que não a manutenção e desenvolvimento da educação e da escola municipal. Infelizmente, é lamentável esse descaso”,
concluí o professor.

Durante o Grande Expediente da Câmara Municipal de Manaus (CMM) desta terça-feira (9), vereadores usaram a tribuna para discutiram a falta de pagamento às empresas responsáveis pelos transportes dos alunos.

De acordo com o vereador Lissandro Breval (Progressistas) a empresa responsável pelo transporte dos alunos, não recebe há sete meses.

“Com o orçamento de mais de R$ 1 bilhão e não conseguem resolver isso. O que está havendo com o dinheiro da Secretaria Municipal de Educação (Semed)? Não falta dinheiro, falta gestão. A empresa responsável pelo transporte disse que está há sete meses sem receber. É uma situação gravíssima”,
ponderou Breval.

O parlamentar cedeu aparte ao vereador Diego Afonso (União Brasil). De acordo com Diego, todas as pastas do Executivo Municipal estão devendo os fornecedores.

“Isso não é uma realidade apenas da Semed. Todas as secretarias estão devendo os fornecedores. Os estudantes da escola municipal Américo Gosztonyi, que fica no Puraquequara, estão sem ir para a escola pois a Prefeitura não pagou a empresa que presta serviços de transporte”, completou o parlamentar.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed), informou que por problemas técnicos, a frota de veículos foi reduzida provisoriamente. A partir da próxima segunda-feira (15), o transporte escolar para a Escola Municipal João Paulo II será retomado em sua totalidade.

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