Amazonas – Na manhã desta quinta-feira (2), viaturas da Polícia Federal foram avistadas em frente a uma residência dentro no Condomínio de Luxo Alpha Garden, na avenida Nilton Lins, Parque das Laranjeiras. O alvo da Polícia Federal seria o prefeito de Eirunepé Raylan Barroso.
Em nota polícia federal confirmou que está realizando a operação “Cama de Gato”, que investiga desvio de recursos, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro envolvendo funcionários e até a própria prefeitura de Eirunepé durante o período de alastramento da Covid-19.
Confira:
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (2/3), na cidade de Eirunepé, estado do Amazonas, a operação Cama de Gato. O objetivo é cumprir 21 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas, dentre elas agentes políticos, servidores públicos, familiares e terceiros, integrantes de uma organização criminosa que atua praticando crimes de fraude à licitação, desvio de recursos, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
A investigação teve início em abril de 2021. As fraudes ocorreram durante e após o período da pandemia do COVID 19. As contratações eram, em sua grande maioria, realizadas por meio de dispensa de licitação. Em apenas um dos contratos, foi verificado que a prefeitura de Eirunepé pagou por 150 mil máscaras de proteção mais do que o dobro do valor cobrado em todo o estado do Amazonas. Além disso o quantitativo adquirido equivale a cinco vezes o contingente populacional da cidade.
Após um ano de trabalho investigativo, a polícia identificou que um grupo criminoso, ligado à cúpula do Poder Executivo, municipal participava de um esquema de desvio de recursos públicos realizado através da contratação de empresas fictícias ou de fachada, constituídas com o único objetivo de desviar verbas federais.
Os mandados foram cumpridos em Eirunepé e Manaus. Foram mobilizados cerca de 50 policiais da Delegacia de Polícia Federal de Cruzeiro do Sul e da Superintendência da PF no Amazonas, além do apoio do destacamento da Aeronáutica em Eirunepé.
A estimativa é que os desvios estejam ocorrendo desde o ano de 2020. O prejuízo ao município ultrapassa R$ 10 milhões em contratações fraudadas.
*Com informações CM7