Durante sua visita à Boa Vista, em Roraima, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou nesta quarta-feira, 29, que o preço do gás de cozinha poderá reduzir pela metade “se Deus quiser”. O mandatário voltou a defender a diminuição dos impostos associados ao produto como solução para a queda nos valores.
Bolsonaro afirmou que o custo de comercialização do botijão de gás – atualmente na faixa média acima dos R$ 100 – poderia cair pela metade caso os impostos fossem zerados.
“Com a venda direta, ele vai cair a metade do preço. Não justifica na origem custar R$ 50 e na ponta da linha custar R$ 130. Esse preço vai cair pela metade, pode ter certeza, se Deus quiser”, declarou o chefe do executivo. Sua visita ao estado do norte do país faz parte da agenda de comemorações de mil dias do governo Bolsonaro.
Redução do ICMS
Em discurso feito durante a visita, o presidente também falou da decisão do governador de Roraima, Antônio Denarium (PP), em reduzir o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado no estado. Denarium, que é um forte aliado de Bolsonaro, reduziu de 17% para 12% o tributo que incide sobre o gás de cozinha.
“No início do ano, zerei os impostos federais no gás de cozinha, a mesma coisa vem fazendo o nosso governador Wilson Lima do Amazonas. O preço do gás onde é engarrafado no botijão de 13kg está na casa dos R$ 50. Não justifica na ponta da linha estar custando em média R$ 130”, reforçou Bolsonaro.
Desde o começo do ano, o preço médio do botijão de 13 kg teve alta de 30%. Tal cenário tem levado famílias de baixa a optar por carvão ou lenha para cozinhar. Isso fez com que gerasse no Congresso um esforço para aprovar um subsídio destinado à compra do produto.
Vale destacar que a Petrobras não altera o preço do gás de cozinha desde o começo de julho, quando promoveu uma escalada de 6%.