A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) informa aos avicultores amazonenses que estão suspensos, em todo o País, a realização de exibição, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves, assim como a criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior. As medidas estão previstas na Portaria nº 782, publicada ontem (27/03), no Diário Oficial da União (DOU). As medidas não alcançam criadores de subsistência.
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), as proibições têm o objetivo de prevenir o risco de ingresso e propagação da influenza aviária de alta patogenicidade na avicultura comercial. O risco iminente de doença no território nacional acontece em função de novos focos de doença na América do Sul.
Conforme a legislação, os eventos agropecuários com aglomeração de aves poderão ser realizados apenas quando autorizados pelo Serviço Veterinário Estadual. Nestes casos, as autorizações dependerão da avaliação da situação epidemiológica do Estado e da apresentação de um plano de biosseguridade pelos organizadores do evento, contendo a descrição das medidas de prevenção e controle para mitigar o risco de introdução e propagação da influenza aviária.
A proibição da criação de aves ao ar livre contempla aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades. A Portaria nº 782/2025 tem duração de 180 dias e pode ser prorrogada pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa.
Medidas de prevenção e controle
Para manter o status sanitário do Brasil, que é o maior exportador de carne de frango do mundo, a Adaf orienta que os avicultores reduzam a visita de pessoas alheias à produção, tenham atenção à manutenção de telas e cercas, cuidados com a qualidade da água e evitem o acesso de aves silvestres, que estão vindo na rota migratória, do Hemisfério Norte, com chance de introdução da doença no Estado.
A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade é causada por vírus, com alto índice de contágio e impactos severos para a avicultura. A doença pode causar tosse, espirros, corrimento ocular e nasal, diarreia, desidratação, apatia, falta de coordenação motora, perda de apetite, inchaços na cabeça e pescoço, hemorragia nas pernas e queda drástica na produção de ovos, além de aumento repentino na mortalidade das aves.
Ao observar esses sintomas, as pessoas não devem se hospedar como aves doentes ou mortas, apenas isolar a área e notificar a suspeita em uma unidade da Adaf, pelo telefone (92) 99255-5409 ou por meio do Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (e-Sisbravet), no site da agência ( adaf.am.gov.br ).
FOTOS : Divulgação/Adaf