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Polícia prende três pessoas acusadas de estupro de crianças em Apuí

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As prisões aconteceram após denúncias feitas pelo Conselho Tutelar

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da 71ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Apuí (a 453 quilômetros de Manaus), apresentou, nesta quinta-feira (20/03), dois casos distintos de estupro de vulnerabilidade. O primeiro envolveu um homem, de 23 anos, por abuso de uma adolescente de 12 anos, que o gravou. O segundo caso envolve um casal, com idades de 27 e 25 anos, por abusar sexualmente de uma criança de 4 anos.

Durante a coletiva de imprensa na Delegacia Geral (DG), bairro Dom Pedro, zona centro-oeste de Manaus, o delegado Paulo Mavignier, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), afirmou que ambos os casos são graves, mas foram prontamente solucionados pela equipe da delegacia de Apuí. Ele destacou a importância das denúncias. As prisões foram realizadas em resposta a denúncias feitas pelo Conselho Tutelar.

“São duas situações lamentáveis de abuso no interior do Estado. Por isso, faço um apelo à comunidade para que denunciem esses casos pelo Disque 100, dos Direitos Humanos, ou pelo 181, da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM). Assim, poderemos agir rapidamente e fornecer uma resposta adequada, protegendo as vítimas e retirando-as dessas situações”, ressaltou Mavignier.

Prisões

O delegado Wellington Militão, da 71ª DIP de Apuí, informou que, após as denúncias feitas pelo Conselho Tutelar, foi possível apurar a autoria e a materialidade dos casos. O primeiro ocorreu na segunda-feira (17/03), quando a equipe foi informada que uma adolescente estava vivendo conjugalmente com um homem de 23 anos e que possivelmente ela estava grávida.

“Diante dessa informação, nos deslocamos até a residência do adolescente. Ao chegarmos lá, confirmamos a veracidade da denúncia e prendemos o suspeito. Ele foi encaminhado à delegacia para os procedimentos legais. Um adolescente foi submetido a um exame de conjunção carnal, que confirmou o abuso. Ela também realizou dois exames de gravidez, cujos resultados foram positivos”, detalhou o delegado.

O delegado acrescentou que na relação com a mãe da adolescente, ela abandonou a criança no município e mudou para Novo Aripuanã. Diante desse fato, ela também está sendo investigada e pode ser indiciada por abandono e estupro de vulnerabilidade.

Caso 2

Wellington Militão explicou que o caso envolvendo uma criança de 4 anos estava sendo investigado desde que a avó paterna levou uma menina ao médico, onde foram identificados sinais de abuso sexual. A médica acionou imediatamente o Conselho Tutelar, que fez uma denúncia à polícia. Com base nessa informação, o casal passou a ser investigado e a criança foi ouvida em um procedimento especializado, confirmando os relatos.

“Neste caso, os responsáveis são a mãe e o padrasto da vítima. A criança morava com a avó, que percebeu os sinais de abuso quando a criança retornava da casa da mãe e do padrasto. Ela foi submetida a um exame médico que confirmou as suspeitas”, explicou o delegado.

Devido à gravidade do caso, foi solicitada a prisão preventiva da mãe e do padrasto da criança. O pedido foi acatado pelo Poder Judiciário e cumprido ontem.

Um adolescente está sob cuidados médicos para proteger sua saúde e controlar sua gravidez. A criança segue sob os cuidados da avó e ambas recebem o apoio necessário.

Procedimentos

O trio responderá por violação de vulnerabilidade e está à disposição do Poder Judiciário.

FOTOS: Erlon Rodrigues/PC-AM.