A PF (Polícia Federal) instaurou na 4ª feira (12.jun.2024) um inquérito policial para investigar possíveis irregularidades no leilão realizado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para a compra de arroz importado. De acordo com a corporação, o pedido de averiguação foi feito pela própria presidência da Conab, por meio de ofício, “diante de denúncias de que empresas sem histórico de atuação no mercado de cereais venceram o certame”.
A companhia de abastecimento também solicitou à CGU (Controladoria Geral da União) e à Corregedoria Geral da própria empresa a abertura de processo de apuração de todos os fatos envolvendo o leilão para a compra do arroz. O certame foi feito para garantir estoques e evitar uma escalada de preço do produto por causa das enchentes no Rio Grande do Sul, o maior produtor do grão no país.receba alertas grátis do Poder360
“Estas medidas têm como objetivo garantir toda a transparência neste processo, bem como prestar contas e dar a tranquilidade que a sociedade brasileira merece”, informou a Conab.
A decisão do governo federal de anular o leilão da Conab e, assim, cancelar a compra das 263,3 mil toneladas de arroz que seriam importadas para o país foi anunciada na 3ª feira (11.jun).
No mesmo dia, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, Neri Geller, pediu demissão, em meio a suspeitas de conflito de interesse.
Uma matéria do jornal O Estado de São Paulo revelou que o diretor de Abastecimento da Conab, Thiago dos Santos, responsável pelo leilão, é uma indicação direta do secretário. Além disso, a FOCO Corretora de Grãos, principal corretora do leilão, é do empresário Robson Almeida de França, que foi assessor parlamentar de Geller na Câmara e é sócio de Marcello Geller, filho do secretário, em outras empresas.
Na 4ª feira (12.jun), o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse que o edital do novo leilão de arroz importado deve sair no prazo de uma semana a 10 dias.
Com informações da Agência Brasil.