A polícia de Israel está implantando drones capazes de atuar fora da linha de visão do piloto ou de um observador remoto (na sigla BVLOS, em inglês). A partir de um software autônomo dedicado desenvolvido pela startup israelense FlightOps, os dispositivos estão sendo preparados para missões de comando, vigilância e inteligência.
Uma primeira aplicação foi observada em outubro, com um drone atuando como socorrista no distrito de Modi’in-Maccabim-Reut, que possui cerca de 93.000 residentes. Nas tarefas, o dispositivo se comunicou com um centro de operações baseado em nuvem por meio de redes 5G.
Drones chegando mais rápido
Em uma das ocorrências atendidas pelo drone, imediatamente após receber informação sobre um acidente de trânsito, ele foi despachado e chegou ao local antes das equipes de resgate. Dessa forma, o dispositivo conseguiu fornecer aos controladores imagens rápidas e ao vivo do ocorrido.
Em um outro incidente, à noite, a polícia relatou a suspeita de terrorismo e um drone foi enviado ao local. Então, o equipamento forneceu à unidade de patrulha um vídeo aéreo infravermelho dos telhados e ao ar livre para auxiliar nas buscas. Uma das distâncias mais longas percorridas pelo drone chegou a 10,4 km.
De forma geral, o experimento foi conduzido pelas autoridades de policiamento israelenses para testar a operação de um drone como primeiro respondente (DFR) para chamadas de linha direta da polícia. O sistema autônomo implementado nessa ação é capaz de converter qualquer drone em uma aeronave autônoma. Por sua vez, o 5G e o armazenamento em nuvem permitem a operação automatizada e compartilhada de uma frota atuando em espaço aéreo.