Manaus/AM – O senador Plínio Valério (PSDB-AM), disse nesta quarta-feira (6), na tribuna do Senado, que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, brinca com as necessidades e os direitos dos amazonenses, ao dizer, taxativamente que não deixará prosseguir os estudos para a recuperação da BR 319. Citando fala de Marina durante depoimento na CPI das ONGs , Plinio disse que mais esclarecedor foi o que a Ministra disse sobre a BR-319, rodovia que se transformou em lamaçal por conta de negativas do Ibama para liberar sua recuperação, seu asfaltamento.
Confira na íntegra o discurso do senador:
“A ministra Marina Silva disse textualmente que sua posição não mudaria, ou seja, não haveria rodovia e não haverá, porque faltava viabilidade econômica e ambiental, ‘a não ser que seja para converter as áreas de mais de 400km de floresta virgem em outro tipo de atividade, o que não tem viabilidade’. E completou a Ministra : ‘Não se faz uma estrada de 400km no meio da floresta virgem apenas para passear de carro’. Ela transformou, assim, em mero desejo de passear o que na verdade é vital para todo o Amazonas que é ligar-se ao território nacional, escoar produção, receber insumos indispensáveis para a sobrevivência e ter direito à saúde”,
disse Plínio na tribuna.
Plínio disse que Marina ignora e brinca com a necessidade e o direito de todos os cidadãos e cidadãs que é o de ir e vir. E lembrou que se manauaras, amazonenses quisessem apenas uma estrada para passear, já tem a BR-174, que os leva à Venezuela, ao Caribe.
“Portanto, para passear, a gente iria para o Caribe , tomar margarita e passear. Porém, esse jeito belicoso, esse jeito de quem se considera acima de tudo e de todos acaba por nos atingir, atingir não o nosso orgulho, isso é bobagem, mas o direito que nós temos . A Ministra tem que entender de uma vez por todas que não pode brincar com a vontade e com o direito de outros. Ela rompeu, interrompeu a barreira da boa convivência e do respeito, porque eu não posso respeitar uma Ministra que não nos respeita. Eu, Senador da República, não posso respeitar uma Ministra que brinca de querer mandar e de ditar os destinos de uma população.”