A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) aprofunde as investigações contra o senador Renan Calheiros, que é alvo de inquérito sobre suposta propina de R$ 1 milhão da Odebrecht, em 2012.
O documento assinado pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, pede que o Senado informe como se deu a aprovação da resolução e detalhe qual foi a atuação de Calheiros no caso.
Em julho deste ano, a Polícia Federal indiciou o senador por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As investigações apontam que Calheiros pediu e recebeu R$ 1 milhão em propina da empresa Odebrecht, em troca de atuar pela aprovação de uma resolução que restringia incentivo fiscais a produtos importados.
Além de Calheiros, a PGR também pediu informações sobre Milton Lyra, apontado como suposto operador do senador. A Procuradoria quer que a Polícia Legislativa envie os registros de entrada e saída e os locais no Senado por onde Lyra passou.
A Procuradora também solicitou que as empresas aéreas forneçam os dados relacionados aos deslocamentos de Milton Lyra e Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht e delator no caso
Em agosto, a PGR se manifestou contra o indiciamento do senador Renan Calheiros. Na ocasião, em documento enviado ao STF, a subprocuradora Lindôra Araújo concordou com a desconstituição do indiciamento e afirmou que não cabe indiciamento pela Polícia Federal quando o investigado tem foro no Supremo.
*Com informações da CNN