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PGR denuncia Nikolas Ferreira por injúria ao presidente Lula

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Em discurso na ONU em novembro do ano passado, deputado chamou o petista de 'ladrão'

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta sexta-feira, 26, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) por injúria contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O parlamentar chamou o líder de “ladrão” durante discurso na ONU, em novembro de 2023.

A PGR entende que houve ofensa à honra do presidente. A denúncia, assinada pelo vice-procurador-geral Hindemburgo Chateaubriand, aponta que o crime foi confirmado por Nikolas quando ele foi intimado a depor no inquérito aberto após o episódio.

A investigação foi aberta a pedido de Lula, que acionou o Ministério da Justiça. A Polícia Federal instaurou o inquérito em janeiro deste ano.

O discurso de Nikolas Ferreira

No pedido, a PGR transcreveu o trecho do discurso de Nikolas. “Isso se encaixa perfeitamente com Greta e Leonardo DiCaprio, por exemplo”, diz o deputado, que conclui: “Eles apoiaram o nosso presidente socialista, chamado Lula, um ladrão que deveria estar na prisão.”

O discurso de Nikolas Ferreira, de 17 de novembro de 2023, continua disponível nas redes sociais. Para a PGR, isso indica que a ofensa à honra está em plena perpetuação.

O argumento da PGR levanta a hipótese de que o discurso não está protegido pela imunidade parlamentar. A medida ainda solicita a retirada dos vídeos das plataformas X/Twitter, Instagram, YouTube e TikTok, mas com o conteúdo preservado, para envio ao STF.

“No caso dos autos, não havia, no contexto da referência depreciativa feita pelo denunciado ao presidente da República, nenhuma possível correlação com o exercício do mandato parlamentar”, escreve a PGR ao SRF. “O que se evidenciou foi a clara intenção de macular a honra da vítima.”

Possibilidade de acordo penal

Martelo e balança da Justiça, em alusão à matéria da ação do 8 de janeiro
A decisão é da 18ª Vara Cível de Brasília | Foto: Reprodução/Freepik

A PGR propôs uma audiência com Nikolas para discutir a possibilidade de um acordo penal, como pagamento de multa, para evitar a continuidade de uma ação penal.

Caso o acordo não seja aceito, a PGR defende a abertura do processo, com julgamento pelo STF. O ministro Luiz Fux é o relator do caso e analisará as próximas medidas.

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