Manaus – A Polícia Federal (PF), deflagrou, nesta quarta-feira (29) a Operação Barões do Arcanjo, que tem como objetivo combater uma facção criminosa responsável pelas as rotas do tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Os mandados de prisão e de busca e apreensão forma cumpridos no município de São Gabriel da Cachoeira (a 852 quilômetros a noroeste de Manaus), São Paulo, Pará e Roraima.
A ação mobiliza mais de 150 policiais federais, que cumprem 17 mandados de prisão preventiva, 8 medidas cautelares diversas da prisão, 47 mandados de busca e apreensão e o sequestro de veículos e bloqueio de contas bancárias dos investigados em Manaus/AM, São Gabriel da Cachoeira/AM, Tabatinga/AM, Alenquer/PA, Diadema/SP e Boa Vista/RR. Os mandados foram deferidos pela Justiça Estadual do Amazonas.
Ao todo, estão sendo cumpridos 17 mandados de prisão e mais de 40 mandos de busca e apreensão, e também a apreensão de 51 veículos no Amazonas. Até o momento 9 pessoas foram presas pela PF. Além das prisões, a PF informou que uma pista de pouso clandestina no Pará vai ser explodida. Em dois anos, a facção criminosa movimentou cerca de de 30 milhões de reais, aponta a PF.
A Operação Barões do Arcanjo deu início por meio de informações que apontavam para uma rede criminosa financiada por empresários, envolvidos na comercialização de drogas, tráfico de armas e na lavagem de dinheiro, indicando que em proveito da atividade comercial, vigorava um apoio logístico operacional entre os traficantes e empresários locais.
Durante a investigação restou constatada a existência de múltiplos núcleos criminosos atuando precipuamente no Amazonas e regiões vizinhas, utilizando de inúmeros artifícios para a lavagem de dinheiro e para o tráfico de drogas.
A análise investigativa realizada pela PF, revelou uma rede complexa de transições financeiras atípicas e operações suspeitas, indicando o uso de laranjas e empresas de fachada para a lavagem de dinheiro, que movimentou mais de R$ 30 milhões nos últimos dois anos (desde 2022).
Em São Paulo, uma mulher suspeita de ser a chefe de uma organização criminosa e conhecida como ‘Mãe das Mulas’, foi responsável pelo envio de diversas mulas do tráfico ao exterior, algumas das quais presas no Aeroporto Internacional de São Paulo e encaminhadas ao hospital público para que pudessem expelir a droga ingerida.