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PF indicia ministro de Lula por corrupção

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Juscelino Filho, das Comunicações, teria desviado emendas para pavimentar ruas em cidade do Maranhão na qual sua irmã é prefeita

Nesta quarta-feira, 12, a Polícia Federal (PF) indiciou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, em um inquérito que investiga desvio de emendas parlamentares para pavimentar ruas de Vitorino Freire (MA). Os crimes imputados são corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A cidade é governada por Luanna Rezende, irmã de Filho. Ela chegou a ser afastada do cargo, em setembro do ano passado, em virtude da investigação.

Essas obras foram bancadas por emendas parlamentares indicadas por Filho, no período em que ele atuava como deputado federal.

Um dos elementos utilizados pela PF para indiciar o ministro de Lula é um relatório da Controladoria-Geral da União, sobre uma das obras ter beneficiado propriedades da família do ministro.

O relatório final do caso foi enviado para o ministro Flávio Dino, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal. O processo tramita lá porque, como ministro, Juscelino tem foro para responder a processos criminais na Corte.

Auditoria indicou irregularidades em uso de emendas de Juscelino Filho

Uma auditoria da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) revelou pagamentos indevidos e irregularidades em obras financiadas com emendas de Juscelino Filho.

A auditoria especial, concluída em maio, analisou dois convênios entre a Codevasf e a Prefeitura de Vitorino Freire, totalizando R$ 9 milhões.

A Codevasf constatou um pagamento indevido de R$ 172,2 mil à Construservice, empresa contratada para as obras, sem o devido controle do serviço. A PF mostra Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo Imperador, como o verdadeiro dono da empresa, embora a Construservice negue.

O relatório da Codevasf também revelou que a espessura do asfalto não foi atestada. A falta de critério coloca em risco a segurança da população. “Como consequência para o achado, tem-se o pagamento de serviços executados com qualidade inferior ao estabelecido,” informa o documento.

*Com informações Revista Oeste

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