Várias pesquisas eleitorais foram suspensas pela Justiça Eleitoral neste ano em diferentes capitais e municípios brasileiros. As decisões judiciais visam garantir a transparência e a veracidade dos dados apresentados ao eleitorado, prevenindo possíveis manipulações que possam influenciar o resultado das eleições.
Assim como em Manaus, onde 8 das 20 pesquisas divulgadas foram suspensas, pesquisas divulgadas também foram questionadas judicialmente em vários municípios devido a inconsistências metodológicas e falhas na amostragem, levando à suspensão de sua divulgação.
Em São Paulo, a maior cidade do país, pesquisa recente mostrando empate técnico entre Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) foi suspensa. A informação foi veiculada na revista Veja.
No Rio de Janeiro, segundo a revista Exame, a Justiça Eleitoral interveio em pesquisas que não apresentavam clareza na metodologia ou que foram acusadas de favorecer determinados candidatos, comprometendo a imparcialidade do processo.
Em Belo Horizonte, onde a disputa está acirrada, com Fuad Noman (PSD) e Mauro Tramonte (Republicanos) figurando como principais concorrentes, e diversas pesquisas foram suspensas devido a questionamentos sobre a representatividade das amostras e possíveis vieses introduzidos nas coletas de dados, segundo publicação, também da revista Exame.
A atuação da Justiça Eleitoral também se fez presente no Paraná, onde a divulgação de pesquisas sobre a corrida para prefeito em dois municípios foi interrompida. As pesquisas em questão foram consideradas inconsistentes, com discrepâncias nos dados apresentados e possíveis influências externas que poderiam distorcer a verdadeira intenção de voto.
A capital paranaense, Curitiba, também viu a suspensão de algumas pesquisas eleitorais, principalmente devido a falhas na transparência sobre os critérios de amostragem. A disputa na cidade está aberta, com vários candidatos empatados tecnicamente dentro da margem de erro.
Em Valparaíso de Goiás, por exemplo, a Justiça Eleitoral determinou a suspensão da divulgação de uma pesquisa eleitoral após também identificar falhas na metodologia empregada pelo instituto responsável. De acordo com a decisão, a pesquisa não apresentava clareza nos critérios de amostragem, o que poderia comprometer a representatividade dos resultados.
No município de Surubim, em Pernambuco, a situação foi semelhante. A pesquisa eleitoral, realizada sem transparência na coleta de dados, foi suspensa pela Justiça Eleitoral local. A falta de informações detalhadas sobre o processo de amostragem e a ausência de registro dos entrevistados levantaram suspeitas sobre a credibilidade dos resultados divulgados.
Em Goianésia, Goiás, a Justiça Eleitoral suspendeu temporariamente uma pesquisa após identificar que o instituto responsável não havia cumprido com os requisitos legais para a realização e divulgação dos resultados. Entre as irregularidades, estavam a ausência de informações sobre a margem de erro e a metodologia de coleta de dados.
Outro caso notório ocorreu em São José de Ribamar, no Maranhão. A pesquisa DataIlha foi suspensa após a Justiça Eleitoral detectar inconsistências na metodologia e na análise dos dados coletados. A decisão ressaltou a importância de assegurar que as pesquisas eleitorais sejam conduzidas de maneira transparente e isenta.
Em Coroaci, Minas Gerais, a Justiça Eleitoral também decidiu pela suspensão de uma pesquisa eleitoral, citando a falta de rigor na aplicação dos questionários e a possível manipulação dos resultados para beneficiar um dos candidatos. A decisão visa proteger os eleitores de informações enganosas que poderiam influenciar o voto de maneira indevida.
As intervenções da Justiça Eleitoral são fundamentais para proteger a integridade do processo eleitoral. Pesquisas com inconsistências podem desinformar o público, criar falsas expectativas e influenciar indevidamente o comportamento do eleitor. As suspensões atuam como uma medida corretiva, garantindo que somente informações confiáveis e verificadas sejam divulgadas, reforçando a confiança nas instituições democráticas.