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Palmeiras despacha o São Paulo com pênalti controverso e vai à sexta final seguida do Paulistão

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Penalidade convertida por Raphael Veiga em Choque-Rei brigado e nervoso põe o time alviverde na decisão do Estadual contra o Corinthians

Atual tricampeão paulista, o Palmeiras chegou à sexta final seguida do Estadual ao derrotar o São Paulo nesta segunda-feira, no Allianz Parque. A vitória por 1 a 0 no Choque-Rei que garantiu a classificação do time alviverde à decisão foi definida graças a um controverso pênalti, sofrido pelo estreante Vitor Roque e convertido por Raphael Veiga. A equipe de Abel Ferreira busca o tetra para conseguir um feito alcançado há mais de cem anos e uma vez apenas, pelo extinto Paulistano, campeão quatro vezes seguidas entre 1916 e 1919.

Na decisão, o Palmeiras faz o dérbi com o Corinthians, arquirrival que não encara numa final do Estadual desde 2020, quando sagrou-se campeão nos pênaltis. A final será disputada em dois jogos. O primeiro está marcado para o próximo domingo, 16, e o segundo está previsto para o dia 27, uma quinta-feira.

Mas há uma queda de braço entre Federação Paulista de Futebol (FPF) e Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que quer que a finalíssima seja disputada um dia antes, 26, por causa do início do Brasileirão, marcado para o dia 29, sábado. Se isso acontecer, os dois jogarão desfalcados de atletas importantes convocados para suas seleções, que têm compromissos na Data Fifa. Certo é que o Corinthians tem a prerrogativa de jogar a finalíssima em casa, na Neo Química Arena, já que tem a melhor campanha do torneio.

Foi mais brigado do que bem jogado o Choque-Rei no Allianz Parque, sobretudo no primeiro tempo. Mas houve minutos de bom futebol e duelos táticos interessantes. Oscar virou segundo volante na escalação de Zubeldía, que armou o São Paulo com três zagueiros, e os visitantes tiveram mais a bola nos minutos iniciais. Até os donos da casa encurtarem os espaços, marcarem Oscar de perto e começarem a controlar o jogo.

Estava tão difícil para o Palmeiras superar o trio de zaga são-paulino que o jeito foi apostar nos chutes de fora da área. Foram três, de Ríos, Vanderlan e Estêvão, este, como sempre, o que mais tentou. Talentoso, o jovem atacante de 17 anos, porém, não estava em uma jornada inspirada como em outros jogos.

Depois de anular Oscar, o Palmeiras repetiu a estratégia adotada por muitos rivais quando enfrentam o São Paulo: encurtou o espaço e deixou Arboleda com a bola para construir as jogadas de trás para pressionar. Foi dessa forma, se valendo da pressão, e de uma falha imperdoável da zaga são-paulina. Rafael errou o passe para Arboleda, que escorregou dentro da área e dividiu com Vitor Roque.

Estreante da noite, o camisa 9 palmeirense caiu e Flavio Rodrigues de Souza não hesitou em marcar o pênalti, revoltando os são-paulinos. Raphael Veiga converteu a cobrança nos acréscimos.

No segundo tempo, o Palmeiras foi competente em sua tarefa de administrar a vantagem. Controlou a maior parte dos 45 minutos finais, “cozinhou” o jogo como pôde e de poucos espaços para o São Paulo atacar. Zubeldía desfez a linha de três zagueiros, chegou a lançar mão de cinco atacantes desde a metade da etapa final, mas os visitantes o panorama não mudou.

Melhor disposto taticamente, o Palmeiras, com muito espaço para contra-atacar, criou para aumentar a vantagem. Não fez porque, senão errou o último passe, parou em Rafael com Facundo Torres após bela assistência de Vitor Roque, muito aplaudido quando foi substituído. A ineficiência nos contragolpes não custou caro porque os anfitriões seguraram os visitantes.

Protesto antirracista

Antes de a bola rolar, os dois times, além das organizadas do Palmeiras, reforçaram apoio ao Luighi, atacante de 18 anos vítima de racismo em duelo da Libertadores sub-20 na semana passada, no Paraguai. O rapper Rincon Sapiência, que é palmeirense, foi convidado e falou algumas palavras.

“Não é só hashtag, a gente precisa combater o racismo. Se a gente torce para o Palmeiras, a gente é antirracista”, discursou o cantor. Ele estendeu a faixa “Todos contra o racismo” antes de sair do gramado.

PALMEIRAS 1 X 0 SÃO PAULO

  • PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Murilo, Micael e Vanderlan; Emi Martínez (Gustavo Gómez), Richard Rios (Aníbal Moreno) e Raphael Veiga; Estêvão (Mayke), Facundo Torres (Felipe Anderson) e Vitor Roque (Flaco López). Técnico: Abel Ferreira.

  • SÃO PAULO: Rafael; Ferraresi (Igor Vinícius), Arboleda e Alan Franco (Sabino); Cédric (Ferreira), Alisson, Oscar e Enzo Diaz; Luciano (André Silva), Lucas (Erick) e Calleri. Técnico: Luis Zubeldía.

  • GOL: Raphael Veiga, aos 46 do primeiro tempo.
  • ÁRBITRO: Flavio Rodrigues de Souza.
  • CARTÕES AMARELOS: Zubeldía, Emi Martínez, Estêvão, Alan Franco, Ferraresi, Micael, Sabino, Abel Ferreira.
  • PÚBLICO: 38.865 torcedores.
  • RENDA: R$ 5.263.294,60.
  • LOCAL: Allianz Parque.