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Padrasto diz que assassinato de enteada em Manaus foi “momento de fraqueza” e pede perdão

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"momento de fraqueza"

Manaus/AM – A delegada Marília Campelo, responsável pela prisão de Carlos Alberto Paula Soares, 36, na noite dessa segunda-feira (29), afirma que o homem contou com frieza em depoimento como matou enteada.

““Ele não demonstrou nenhum arrependimento. Ele fala que primeiro estrangulou a vítima com as duas mãos no pescoço, pegou ela pelo pescoço, jogou ela no chão. Ela tentava se soltar e depois que ela estava desacordada, ele desferiu 12 golpes de faca no pescoço dela”, diz a delegada.

Carlos Alberto Paula Soares, 36, confessou para a imprensa na manhã de hoje (30), ter assassinado a própria enteada, Jhenyffer Vitória Magno Soares, 15, para se vingar da ex-esposa por ela está em um novo relacionamento.

Na saída da delegacia para fazer o exame de corpo de delito, o homem pediu perdão à família da garota e classificou o crime bárbaro como “um momento de fraqueza”.

https://twitter.com/manuelmenezes14/status/1564671395740753928?s=20&t=p70L4wrgGT3tW2pYm5ZyZQ

“Foi um momento de fraqueza. Eu quero pedir perdão da família, eu não sou o primeiro a errar, mas eu estou muito arrependido desde o dia em que aconteceu isso aí. Eu só vivo chorando, eu não posso trazer minha filha de volta e eu não tenho nada para falar mal dela”, disse.

Carlos disse ainda que o crime teve relação direta com o novo relacionamento da ex-companheira: “Foi ciúme porque ela postou a foto de um rapaz que ela está recente”.

A polícia revelou nesta terça-feira (30) que Carlos Alberto Paula Soares, 36, o padrasto suspeito de assassinar a própria enteada, Jhenyffer Vitória Magno Soares, 15, a facadas no dia 1° de agosto, estava vivendo como mendigo em uma mata no bairro Coroado, na zona leste.

O crime foi motivado por vingança, porque a mãe da vítima havia se separado dele e estava em um novo relacionamento. No dia do crime, Carlos teria visto uma foto da mulher com o namorado nas redes sociais e por isso, decidiu matar a adolescente que passava o fim de semana com ele.

Segundo o delegado Ricardo Cunha, Carlos passou 29 dias desaparecido, desde o dia do feminicídio. Nesse tempo, ele cortou o cabelo, passou a usar roupas velhas e se disfarçar de morador de rua a fim de não ser reconhecido pela população.

A polícia já tinha informações do disfarce e da área onde Carlos estava escondido, mas por se tratar de uma mata, as buscas por ele se tornaram mais difíceis.

A delegada Marília Campelo explica que Carlos passava a maior parte do tempo na mata e saia apenas para buscar alimentos e carregar o aparelho celular com o qual ele se comunicava com a ex-esposa, a mãe de Jhenyffer.

“Nós estávamos há 29 dias procurando por ele, sabíamos em que área onde ele estava, mas não sabíamos se era em uma casa ou no mato e ele estava realmente no mato. Mas ele tinha o apoio de alguém porque ele carregava o celular dele e falava com as pessoas”, explica.

Na tarde de ontem, a polícia recebeu informações de que ele estava na avenida Cosme Ferreira e de que lá, receberia ajuda um familiar. A polícia fez campana no endereço e conseguiu prendê-lo.

Marília afirma ainda que após o crime, Carlos ligou para a ex e falou o que havia feito e mandou que ela fosse até a casa dele ver o corpo da filha.

Ele chegou a culpar a mulher por ter assassinado a jovem e deixou claro que a morte da menina era vingança por ela estar com outra pessoa.

Nos dias em que esteve em fuga, Carlos fez inúmeras ligações para a ex-companheira e chegou a dizer que estava indo para o bairro Compensa para matar os pais dela.

Ele afirmava que o casal morreria por nunca ter aceitado e apoiado no relacionamento dos dois.

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