O Governo de Minas Gerais investiga um caso suspeito da doença cerebral degenerativa Creutzfeldt-Jakob, similar à doença da ‘vaca louca’. Com os mesmos sintomas e gravidade, a diferença entre os dois tipos da enfermidade está no modo de contágio. Segundo o Estado, o notificação registrada não está associada ao consumo de carne bovina.

O paciente é um idosos de 78 anos, de Ubaporanga, a 290 km de Belo Horizonte. Ele está internado no Hospital Irmã Denise, em Caratinga, cidade vizinha. De acordo com a Prefeitura de Caratinga, até o momento, o paciente é o único com sintomas.

O estado de saúde do paciente não foi revelado. Segundo a SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais), exames da Funed (Fundação Ezequiel Dias) vão avaliar o caso.

O médico Fidel Meira, presidente da Sociedade Mineira de Neurologia, explica que a enfermidade, neste caso, não é transmitida de uma pessoa para outra. “Essa forma da doença é chamada de esporádica. Ela é a mais comum, ocorrendo em 85% dos casos. A causa dela é desconhecida. O paciente acaba desenvolvendo e ainda não se sabe se tem relação genética. Uma das outras formas de contaminação da doença é a versão variante, que vem do consumo de carne contaminada com a doença da vaca louca. Como trata-se da mesma doença, no senso comum, as pessoas acabam chamando todas de doença da vaca louca”, comenta o especialista.

“A identificação da proteína 14-3-3 no líquor tem um alto grau de especificidade e sensibilidade para o diagnóstico das formas de DCJ. No entanto, a confirmação definitiva só é possível por meio de exame neuropatológico de fragmentos do cérebro, em caso de óbito”, ressaltou a SES-MG sobre o caso em investigação.

Veja os sintomas da doença:

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