Channel 4, tradicional emissora do Reino Unido, mudou sua programação de Os Simpsons no fim de semana após o ocorrido com Donald Trump no sábado (13). Intitulado Lisa, a Iconoclasta, o episódio estava programado para ir ao ar no domingo, um dia após o incidente, mas foi barrado por semelhanças ao caso. As informações são do The Independent.

No episódio original, um policial é visto num telhado próximo, mirando em Lisa enquanto ela está em um pódio em um comício – semelhante ao comício que Trump participou em sua campanha. Uma descrição do capítulo resume: “Lisa descobre que o fundador de Springfield era um pirata assassino que tentou assassinar George Washington e decide que seus concidadãos devem saber a verdade”.

Os Simpsons é alvo de fake news no caso Trump

Apesar do episódio real ter semelhanças com o incidente ocorrido no comício do ex-presidente dos Estados Unidos, a animação foi alvo de uma notícia falsa sobre ter “previsto” o fato. A série foi certeira em prever a primeira eleição do polêmico empresário, mas uma imagem do político deitado num caixão passou a circular nas redes sociais.

No entanto, o site de verificação de fatos Snopes apontou que a imagem é falsa. A origem do frame de Donald Trump teria aparecido pela primeira vez nas redes sociais em 2017, mas o site fez um levantamento e confirmou que o frame nunca fez parte de qualquer episódio da animação.

O que aconteceu com Donald Trump no comício?

O ex-presidente Donald Trump foi retirado às pressas do palco por agentes do Serviço Secreto enquanto discursava num comício eleitoral em Butler, na Pensilvânia, no sábado (13), após um ataque de um franco-atirador que deixou um espectador, além de dois feridos em situação grave, de acordo com autoridades dos EUA.

O republicano foi cercado pelos agentes e escoltado para um carro de sua comitiva logo após o ataque, segurando a orelha direita, que sangrava. Em um comunicado, Anthony Guglielmi, um porta-voz do Serviço Secreto, disse que o agressor era um franco-atirador que fez “múltiplos disparos em direção ao palco de uma posição elevada do lado de fora do local onde ocorria o comício”. O homem, que usou um fuzil AR-15 no atentado, foi morto pelo Serviço Secreto.

O caso está sendo investigado como “tentativa de assassinato” pelo FBI, o Serviço Secreto e a Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos EUA, juntamente com outras agências de segurança americanas. Em uma postagem em sua plataforma de mídia social Truth Social, Trump afirmou que que foi “atingido por uma bala que perfurou a parte superior da minha orelha direita.” Segundo porta-voz do ex-presidente, Steven Cheung, Trump “foi examinado e está bem”, mas sem fornecer mais detalhes.

No momento dos disparos, que puderam ser ouvidos durante a transmissão ao vivo do evento, Trump interrompeu o discurso e se abaixou rapidamente, levando as mãos ao rosto enquanto a multidão gritava.

Logo em seguida, as autoridades presentes instruíram o público a se abaixar e a se cobrir, enquanto a imprensa se retirava do palanque onde Trump discursava. Após uma breve pausa, o republicano se levantou, cercado por agentes e com a orelha sangrando, ergueu o punho para a multidão e foi levado às pressas para sua comitiva, que deixou rapidamente o local.