Ao autorizar a prisão preventiva da deputada Carla Zambelli (PL-SP), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu outras medidas.
Moraes mandou a Polícia Federal providenciar a inclusão do nome da parlamentar na lista vermelha da Interpol. O ministro atendeu à Procuradoria-Geral da República (PGR).
O juiz do STF estabeleceu ainda o bloqueio dos passaportes, incluindo o passaporte diplomático que ela obteve por ser deputada. Além disso, o magistrado determinou:
- O bloqueio de salários e outras verbas, bens, ativos e contas bancárias, incluindo Pix;
- O bloqueio de veículos, incluindo embarcações e aeronaves eventualmente em nome dela;
- Multa diária de R$ 50 mil contra a deputada, “por postagem nas redes sociais suas ou de terceiros que reiterem as condutas criminosas”.
Imposição às big techs sobre Carla Zambelli
Moraes mandou também as big techs suspenderem os perfis da parlamentar no Brasil.
“Às empresas Gettr, Meta, LinkedIn, TikTok, X, Telegram e YouTube, que, no prazo de duas horas procedam ao bloqueio dos canais abaixo discriminados, sob pena de multa diária de R$ 100.000,00, com o fornecimento de seus dados cadastrais a esta Suprema Corte e a integral preservação de seu conteúdo”, determinou o ministro.
Saída do Brasil
Na manhã de ontem, Carla informou que havia deixado o Brasil.
O anúncio ocorreu depois de ela ter sido condenada a dez anos de prisão, em virtude de ter supostamente ordenado a invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça.
A ordem teria sido acatada pelo hacker Walter Delgatti, conhecido durante a “Vaza Jato”.
Conforme a denúncia da PGR, Delgatti inseriu um mandado de prisão falso em nome de Moraes, além de ter pedido o bloqueio de bens do ministro no valor de R$ 22 milhões.