Menu

Operação Inocência: Em carta, criança denuncia abusos sexuais de padrasto, tio e condutor da lancha escolar em Urucará

WhatsApp
Facebook
Telegram
X
LinkedIn
Email
O trio foi preso na mesma residência, em uma comunidade da zona rural do município

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da 45ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Urucará, (a 261 quilômetros de Manaus), deflagrou na segunda-feira (16/06) a Operação Inocência, resultando na prisão preventiva de três homens, com idades de 54, 37 e 36 anos, por estupro de violação contra uma criança de 10 anos. A prisão foi efetuada na residência deles, em uma comunidade na zona rural do município.

Segundo o delegado Mateus Imperatriz Moreira, responsável pela unidade policial, uma investigação foi iniciada após uma equipe receber uma denúncia do Conselho Tutelar. A ocorrência informou que a vítima havia escrito uma carta durante uma palestra escolar sobre prevenção ao abuso sexual infantil, na qual relatou que era vítima de abuso sexual. Com base nessa informação, foi instaurado um Inquérito Policial (IP) para apurar os factos.

“As investigações foram iniciadas, a vítima passou por escuta especializada no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) do município, além de ser submetida ao exame de conjunção carnal, que confirmou os fatos. Identificamos que ela foi vítima de abusos desde os 6 anos, quando o padrasto, o homem de 36 anos, iniciou o crime contra ela”, afirmou Mateus Imperatriz.

De acordo com o delegado, os outros dois envolvidos são o tio da vítima, o homem de 37 anos, que praticou os abusos na própria residência, quando ficou a sós com ela, e o motorista da lancha escolar, o homem de 54 anos, que, depois de uma festa na comunidade, deixou os outros passageiros e foi o último a desembarcar a vítima, momento em que cometeu o abuso. Após a identificação dos suspeitos, foram solicitados à Justiça os mandados de prisão, que foram concedidos e cumpridos.

“A vítima ainda relatou em um que seus familiares não desconfiavam da situação e que ela temia compartilhar o que acontecia, pois começou a ser alvo de ameaças. Os envolvidos não tinham conhecimento dos abusos pelos outros. Eles agiram em momentos distintos, sem saber que a criança estava sendo vítima de outras pessoas”, descobriu o delegado.

Segundo o delegado, em um trecho da carta, a vítima escreveu: “Eu não me sinto bem por causa disso, já passei mal, falei coisa, com coisa e até desmaiei. Não senti vontade de comer, até que resolvi contar meu peso com alguém”. Após receber o apoio médico e psicológico necessário, a vítima foi encaminhada para a casa de uma tia, que está fornecendo todo o suporte necessário para seu bem-estar.

Procedimentos

Os autores responderão por violação de vulnerabilidade. Eles passarão por audiência de custódia e ficarão à disposição da Justiça.

FOTOS: Divulgação/PC-AM.

plugins premium WordPress